Ottoni Minghelli
Ottoni Adelino Zatti Minghelli (Caxias do Sul, 21 de janeiro de 1907 — Caxias do Sul, 25 de abril de 1997) foi um jornalista, político e empresário brasileiro. BiografiaEra filho de Fúlvio Minghelli e Virginia Zatti.[1] Desempenhou destacada atuação no comércio e na indústria caxienses como uma das principais lideranças da classe.[2][3] Estabeleceu-se no ramo com 19 anos, quando fundou sua primeira casa comercial.[2] Em 1937 constituiu com outros sócios a Importadora Comercial, que veio a ser uma grande empresa atacadista. Associou-se a várias outras empresas de porte, como a Industrial Madeireira, a Grazziotin S.A., o Samuara Parque Hotel, as Lojas Alfred, o Banrisul, o Expresso Caxiense e a Companhia Vinícola Rio-Grandense.[1] Presidiu por muitos anos a Associação dos Comerciantes, que exercia decisiva influência na economia de toda a região e participava ativamente de decisões políticas municipais.[1] Em sua gestão foram implementadas várias melhorias, como a criação do Departamento Jurídico e do Gabinete Médico, num período em que a Associação passava a expandir suas atividades e oferecer serviços variados de assistência aos sócios. O Gabinete em particular atendia também o operariado, oferecendo milhares de consultas anuais em convênio estabelecido com o Posto de Higiene municipal. Também foi o responsável pela reforma da sede provisória e renovação dos seus equipamentos, e iniciou as tratativas para a construção do Palácio do Comércio.[4][5][6] Em 1941 foi homenageado pela Associação por ocasião dos 40 anos da entidade, recebendo por aclamação o título de sócio honorário, em reconhecimento dos seus relevantes serviços "em seis mandatos de fecundo labor", a quem a Associação devia "sua atual situação de prosperidade e eficiência, assim como o elevado conceito de que goza junto aos poderes públicos".[7] Permaneceria na Presidência até 1945, cumprindo dez mandatos,[6][8] e faria parte de outras Diretorias depois.[9][10][11] Foi sócio benemérito do Centro de Indústria Fabril,[2] e quando esta entidade fundiu-se à Associação dos Comerciantes para a criação da Câmara de Indústria e Comércio, em 1973, foi eleito presidente de honra.[1] Desde 1932 participou várias vezes da Diretoria da Festa da Uva, vindo a presidi-la em 1965 e 1975.[1][2] Em 1934 era correspondente do jornal Correio do Povo,[12] e no mesmo ano fez parte de uma comissão municipal para escolha do local para o prédio dos Correios e Telégrafos.[13] Foi um dos fundadores e membro da Diretoria do Rotary Club,[14] um dos fundadores e membro da Diretoria do Centro dos Amigos de Caxias, que se propunha a defender os interesse morais e materiais da cidade,[15] duas vezes membro da Diretoria do Clube Juvenil,[16][17] vogal da Segunda Junta de Conciliação e Julgamento,[18] diretor-adjunto do Departamento de Colaboração da Liga de Defesa Nacional,[19] conselheiro do Centro Cultural Tobias Barreto de Menezes,[20] foi 1º suplente de vereador pelo PSD, assumindo a titularidade entre fins de 1947 e início de 1948, tendo uma atuação elogiada,[21][22] em 1958 construiu o primeiro edifício de apartamentos para aluguel de Caxias,[2] e foi um dos fundadores da TV Caxias em 1969.[23] Presidiu também o Banrisul de 1971 a 1975, e em 1975 presidiu as comemorações do centenário da imigração italiana no Rio Grande do Sul.[1] Foi casado com Iró Maria Brandt, com quem teve os filhos Paulo Jacob e Ilka Terezinha.[1] Homenagens
Foi louvado no Diário de Notícias como "um dos principais líderes da indústria e do comércio da Pérola das Colônias", "homem idealista e empreendedor", e "um dos mais prósperos industriais de Caxias do Sul graças às suas inúmeras virtudes".[2] Referências
Ver também |
Portal di Ensiklopedia Dunia