Nitroprussiato de sódio
Nitroprussiato de sódio é um composto químico de fórmula Na2[Fe(CN)5NO]·2H2O. Este sal serve como fonte de óxido nítrico, que é um potente vasodilatador, tanto de veias como artérias, administrado por via intravenosa em pacientes em situação de emergência hipertensiva. PropriedadesÉ sensível a luz, quebrando-se na luz solar, produzindo cianeto, que é tóxico. Libera lentamente cianeto, que é metabolizado no fígado pela enzima rodanase junto com uma fonte de enxofre, como tiossulfato, para formar tiocianato. Pode reagir com a meta-hemoglobina. Em excesso, o cianeto rapidamente alcança níveis tóxicos. A meia-vida metabólica do nitroprussiato é de 1-2 minutos, mas o tiocianato pode demorar vários dias para ser excretado, e o tratamento não pode durar mais de 72 horas, sob monitoração constante da função renal e níveis de tiocianato no sangue. SNP, como também é chamado, também é usado para calibração em análise de Efeito Mössbauer (fluorescência ressonante, uma técnica de análise de compostos de ferro). Vasodilatador anti-hipertensivo não simpatolítico. IndicaçõesEle reduz a resistência periférica total e o retorno venoso, dessa maneira reduzindo tanto a pré-carga quanto a pós-carga. Por esta razão, pode ser utilizado em insuficiência cardíaca cardiogênica onde a combinação dos efeitos pode atuar para aumentar a fração de ejeção cardíaca. Em situações onde a ejeção cardíaca é normal, o efeito é para reduzir a pressão sanguínea. Apesar de sua toxicidade, o nitroprussiato continua sendo usado pois é uma das mais efetivas drogas para rápido controle de pressão sanguínea em cirurgias e alguns casos de hipertensão maligna. O nitroprussiato é contra-indicado em pacientes com insuficiência renal. Estudos no tratamento de esquizofreniaSegundo reportagem veiculado pelo Jornal Correio Braziliense[1], estudos realizados no Hospital das Clínicas, em Ribeirão Preto, São Paulo, "após mais de uma década de pesquisa, cientistas brasileiros e canadenses descobriram que o componente de um antigo remédio usado para o controle da hipertensão arterial sistêmica grave, o nitroprussiato de sódio, mostrou ser eficiente também contra as disfunções no cérebro das pessoas afetadas pela esquizofrenia." Os estudos são promissores e estão em andamento, apesar de os resultados preliminares mostrarem que os efeitos desejados são mais rápidos e os colaterais mínimos[2]. Em sua dissertação de mestrado, o mestre em Saúde Mental, João Paulo Maia de Oliveira, "examina os efeitos do nitroprussiato de sódio, um doador de NO, como tratamento coadjuvante de pacientes com esquizofrenia"[3]. Referências
|