Narcolepsia
Narcolepsia é uma perturbação neurológica crónica caracterizada pela diminuição da capacidade de regulação do ritmo de sono e de despertar.[1] O sintoma mais comum é sonolência excessiva durante o dia, que pode ocorrer a qualquer hora e geralmente dura de alguns segundos a alguns minutos.[1] Cerca de 70% das pessoas afetadas também manifesta episódios de cataplexia, uma perda súbita de força muscular.[1] Os sintomas podem ser espoletados por emoções intensas.[1] Ainda que de forma pouco comum, pode também ocorrer paralisia do sono ou alucinações ao adormecer ou acordar.[1] As pessoas com narcolepsia tendem a dormir aproximadamente o mesmo número de horas que as restantes pessoas, embora a qualidade do sono tenda a ser pior.[1] Desconhece-se a causa exata da narcolepsia, existindo diversas potenciais causas.[1][3] Em cerca de 10% dos casos existem antecedentes familiares da condição.[1] Nas pessoas com a condição é frequente observar-se baixos níveis do neuropeptídeo orexina, o que pode ser devido a uma perturbação autoimune.[1] Eventuais traumas, infeções, toxinas ou stresse psicológico podem também estar implicados.[1] O diagnóstico geralmente baseia-se nos sinais e sintomas e em estudos de sono, depois de serem descartadas outras potenciais causas.[1] A sonolência excessiva durante o dia pode também ser causada por outras condições que perturbam o sono, como apneia do sono, depressão nervosa, anemia, insuficiência cardíaca, consumo de álcool e não dormir horas suficientes.[1] A cataplexia pode ser confundida com ataques epilépticos.[1] Embora não exista cura, os sintomas podem ser atenuados mediante diversas alterações no estilo de vida e medicamentos.[1] Entre as alterações no estilo de vida estão sestas curtas e regulares e medidas de higiene do sono.[1] Os medicamentos usados incluem modafinil, oxibato de sódio e metilfenidato.[1] Embora os medicamentos sejam eficazes numa fase inicial, ao longo do tempo a pessoa pode desenvolver tolerância aos seus benefícios.[1] A cataplexia pode ser melhorada com antidepressivos tricíclicos e inibidores seletivos de recaptação de serotonina.[1] A doença afeta entre 0,2 e 600 em cada 100 000 pessoas.[2] Na maior parte dos casos a condição tem início na infância,[1] e afeta homens e mulheres em igual proporção.[1] Caso não seja tratada, a narcolepsia aumenta o risco de acidentes de viação e de quedas.[1] O termo "narcolepsia" foi usado pela primeira vez em 1880 por Jean-Baptiste-Édouard Gélineau e tem origem no grego νάρκη (narkē), significando "dormência" e λῆψις (lepsis) com o significado de "ataque".[4] Referências
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