Museu de Mineralogia e Petrologia Luiz Englert
O Museu de Mineralogia e Petrologia Luiz Englert é um museu de ciência brasileiro, um equipamento do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.[1] Antes localizado na rua Sarmento Leite 425, em Porto Alegre, no Campus Central da UFRGS, chegou a desenvolver intensa atividade científica e educativa, mas por dificuldades diversas em 2021 foi desativado e seu acervo foi remetido para o Instituto de Geociências no Campus do Vale, onde permanece encaixotado à espera da construção de uma nova sede. HistóriaO museu é o 5º mais antigo do estado do Rio Grande do Sul,[2] e remonta ao gabinete de mineralogia criado em 1909, nas dependências do Instituto Eletrotécnico da Escola de Engenharia, pelo professor Luiz Englert.[3][4] Englert foi o primeiro rio-grandense a se formar engenheiro de minas. A coleção que ele reuniu permaneceu anos pouco utilizada, mas com o tempo foi sendo ampliada, com a aquisição de amostras na Europa e Estados Unidos. Com a criação do Curso de Engenharia de Minas em 1945, o gabinete passou a ser um importante equipamento auxiliar para as aulas.[3][4] Em 1957 foi criado o Curso de Geologia, passando a servir também a este departamento, que empreendeu excursões para coleta direta de material, aumentando o acervo. Em 1961 foi recebida a doação de uma coleção paleontológica e o gabinete foi transferido para uns galpões que haviam sido construídos para uma feira de indústria civil, localizados entre os prédios da Engenharia Velha e do Instituto Parobé. Em 1970, absorvendo o Curso de Geologia, foi criado o Instituto de Geociências, cujo Departamento de Mineralogia e Petrologia passou a administrar as coleções de minerais.[3] Em 1972 foi inaugurado o grande prédio conhecido como Engenharia Nova, onde o Instituto foi instalado, ocupando todo o 5º andar. O espaço para a coleção era muito maior do que aquele até então disponível. Ali o museu começou a tomar forma efetiva. Foram construídos móveis e vitrines adequados para guardar e expor as amostras, uma equipe foi designada para fazê-lo operar, foi criado oficialmente e era enfim aberto à visitação pública em 1973. O primeiro diretor do museu foi o professor Ely Alberto Dehnhard, que permaneceu na função até 1989.[3][4] Em 1985, com a transferência do Instituto de Geociências para o Campus do Vale, que fica muito distante do Campus Central, o museu não foi junto, mas cedeu-lhe cerca de mil amostras para que os alunos tivessem material de estudo perto de si. Isso deu ensejo a uma redefinição, reorganização e informatização da coleção.[3] Em 1996 o museu saiu da Engenharia Nova para um prédio térreo.[4] Em 2001 foi lançado um website na internet, possibilitando acesso a imagens do acervo, informações técnicas e didáticas sobre as amostras, e textos sobre a mineralogia e petrologia brasileiras. Mantinha uma agenda dinâmica, com atendimento de visitantes na sede, programa de bolsas e variadas atividades de extensão para o público em geral, além de organizar intervenções em escolas, centros comerciais e espaços populares como o Brique da Redenção.[5] O museu chegou a receber cerca de 2 mil visitantes por ano, alcançando 25 mil pessoas em suas atividades de extensão,[4] mas com crescentes dificuldades de pessoal e espaço, fechou em 2021. Seu acervo foi então encaixotado e remetido para os cuidados do Instituto de Geociências no Campus do Vale, onde em 2024 permanecia à espera da construção de uma sede própria.[6] AcervoO acervo do museu conta com cerca de 5,6 mil amostras de minerais e rochas. destacando-se na coleção os meteoritos Putinga e Nova Petrópolis e as amostras doadas pelo padre e cientista Balduíno Rambo.[7] Referências
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