Movimento para a Democracia
O Movimento para a Democracia, conhecido também pela sigla MpD, é um partido político de cunho liberal de Cabo Verde. Foi fundado em 14 de março de 1990 com o advento do pluripartidarismo após o fim do regime de partido único do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV). Desde a sua fundação, juntamente com o PAICV, é um dos dois principais partidos políticos de Cabo Verde. O MpD venceu as primeiras eleições parlamentares livres da história de Cabo Verde, governando o país de 1991 a 2001.[4][5] Em 2011, recuperou a presidência da República e voltou ao poder nas eleições parlamentares de 2016.[6] Embora seja normalmente classificado como centro-direita do espectro político, o MpD tem sido um partido diverso e ideologicamente difuso desde a sua formação. Fundado em uma plataforma democrata-cristã, também possui setores economicamente liberais e sociais-liberais. Considera-se um partido "centrista, cívico e humanista", que centra os seus valores na defesa de uma democracia liberal moderna, realizando periodicamente eleições partidárias internas. A nível internacional, é membro da Internacional Democrata Centrista e defende uma posição favorável à UE, em contraste com a posição africanista do PAICV. Membros do MpD têm como alcunha "os ventoinhas", por causa do emblema do partido que lembra uma ventoinha, e identificam-se principalmente com a cor verde apesar de que, desde a campanha presidencial de 2006, o uso da cor vermelha tem aumentado nas publicações partidárias. HistóriaMpD foi criado dia 14 de Março de 1990, e a sua primeira convenção celebrou-se em Novembro de 1990. Ganhou as primeiras eleições depois do fim do sistema de partido único imposto pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (agora PAICV), nas quais obteve mais de 2/3 dos deputados da Assembleia Nacional.[3] Neste período de transição, o MpD participou na supressão do artigo 4º da Constituição de Cabo Verde de 1980, que codificou o sistema de partido único. O MpD também ajudou a estabelecer um calendário para o período de transição. O MpD é um partido de centro direita, que favorece o livre comércio, uma política económica aberta e uma maior cooperação com organizações internacionais como a OMC. Enquanto que o MpD tem o seu maior apoio nas Ilhas Barlavento, tem ganho apoio crescente nas cidades secundárias das Ilhas Sotavento, como Mosteiros, Calheta, Assomada e Tarrafal. Nas eleições presidenciais celebradas de 11 a 25 de Fevereiro de 2001, Carlos Veiga, que ganhou 45,83% dos votos na primeira ronda, foi derrotado por uma estreita margem (só 12 votos) pelo candidato do PAICV candidato Pedro Pires na segunda volta.[3] Na última eleição para o ramo legislativo,celebrada a 22 de janeiro de 2006, o partido obteve 44.02% do voto popular e 29 dos 72 deputados na Assembleia Nacional de Cabo Verde. Na última eleição presidencial de Cabo Verde celebrada a 12 de fevereiro de 2006, Carlos Veiga foi novamente derrotado por Pedro Pires, por uma margem de 49,02% a 50,98%. Nas eleições parlamentares de 2011 o MpD não conseguiu a maioria das cadeiras, ficando em segundo lugar.[7] Resultados eleitoraisEleições presidenciais
Eleições legislativas
Referências
Ver tambémLigações externas |
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