Maria Teresa de Áustria-Este, rainha da Sardenha
Maria Teresa Josefa Joana de Áustria-Este (Palácio Real de Milão, 1 de novembro de 1773 — Genebra, 29 de março de 1832), foi princesa de Módena e Régio e arquiduquesa da Áustria por nascimento e rainha da Sardenha pelo casamento. BiografiaFamíliaMaria Teresa era a segunda filha do arquiduque Fernando Carlos de Áustria-Este, regente do Ducado de Milão e herdeiro do Ducado de Módena e Régio; e de Maria Beatriz d'Este, soberana do Ducado de Massa e Carrara. Seus avós paternos foram o imperador Francisco I e a imperatriz Maria Teresa; e seus avós maternos foram o duque Hércules III de Módena e Maria Teresa Cybo-Malaspina, duquesa soberana de Ducado de Massa e Carrara. Casamento e descendênciaCasou-se por procuração em Milão, a 29 de junho de 1788 e em pessoa, a 25 de abril de 1789, em Novara, com o então duque de Aosta, herdeiro do trono da Sardenha. Maria Teresa tinha apenas 16 anos e o noivo já contava com 30 (e ainda aguardaria mais treze anos até subir ao trono, como Vítor Emanuel I da Sardenha), quando fizeram sua entrada triunfal em Turim, em 26 de abril de 1789. O casal teve sete filhos:
Rainha da SardenhaQuando as tropas de Napoleão Bonaparte invadiram o Piemonte, em 1798, a família real fugiu, refugiando-se primeiro na Toscana e, posteriormente, na Sardenha. Em 4 de junho de 1802, com a abdicação de seu cunhado, Carlos Emanuel IV, e a aclamação de seu marido, Maria Teresa torna-se rainha da Sardenha. Tendo já perdido o Piemonte, a família real teve que ficar na Sardenha até a queda de Napoleão, em 1814, e só então voltou para o Palácio Real de Turim. Maria Teresa foi inicialmente saudada com grande entusiasmo, mas logo despertou o descontentamento de seus súditos, sendo acusada de querer eliminar o máximo possível as medidas adotadas durante o período napoleônico. Além disso, a rainha tratava com desprezo todos aqueles que haviam colaborado com Napoleão. Esses atos contribuíram para a explosão dos tumultos de 1821 no Piemonte. Os rebeldes proclamaram a adoção de uma nova constituição, segundo o modelo do espanhol. Mesmo durante esses movimentos a rainha fez valer a sua vontade. Ela estava disposta a atuar como regente, se necessário. Mas, em 13 de março de 1821, o rei abdicou em favor de seu irmão Carlos Félix e partiu para Nice, onde passou a residir com Maria Teresa no Castello di Moncalieri. Vítor Emanuel morreu em 10 de janeiro de 1824, aos 65 anos. Maria Teresa mudou-se em seguida para Gênova, onde comprou o Palazzo Doria-Tursi. Por causa de seu parentesco com a Casa de Habsburgo, foi falsamente acusada de tentar persuadir seu cunhado, o rei Carlos Félix, a elaborar um testamento, no qual seu irmão, Francisco IV de Módena (casado com sua filha, Maria Beatriz), passaria a ser o herdeiro do Reino da Sardenha. No entanto, Carlos Félix acabou nomeando o príncipe de Carignano, Carlos Alberto de Saboia, para sucedê-lo. As tensões originadas por este incidente obrigou a rainha-viúva a afastar-se da corte de Saboia, de modo que somente em 1831 ela voltou a Turim para comemorar o casamento de sua filha Maria Ana com o imperador Fernando I da Áustria. MorteMaria Teresa morreu em 29 de março de 1832, em Genebra. Seu corpo foi sepultado ao lado de seu marido, na Basílica de Superga, em Turim. Títulos e estilos
Ancestrais
Referências
Bibliografia
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