Morreu em 1979, no Hospital da Ordem do Carmo, vítima de uma insuficiência respiratória aguda.[7]
Declamação
Apresentou-se ao público ainda em criança, declamando poemas durante uma conferência, e participando com frequência nos saraus literários do salão do Jornal do Commercio, e na Escola Nacional de Belas-Artes.[4]
Foi a primeira artista a se apresentar ao público para fazer um espetáculo unicamente de declamação, estreando no Rio de Janeiro em 1921.[8]
Entre outros trabalhos, Margarida Lopes de Almeida é autora do busto de Júlia Lopes de Almeida, executado em 1939 em bronze sobre pedestal de pedra, oferecido pelas mulheres brasileiras às portuguesas, inaugurado em 28 de março de 1953 no Jardim Gomes Amorim, localizado na Praceta da Avenida António José de Almeida, em Lisboa, Portugal,[11], escultura homónima era exposta no Passeio Público do Rio de Janeiro[12]; e da escultura em bronze "Creoula", de 1940, parte do acervo do Museu Nacional de Belas Artes.[13]
Em dezembro de 1933, referida como insigne diseur e escultora brasileira, chegou a Lisboa, a bordo do vapor Bagé, em trânsito para Paris.[15]
A 22 de abril de 1934, chegou ao Funchal, a bordo do vapor Madrid, vinda de Lisboa e a caminho de Paris, ficando hospedada no Savoy Hotel.[8] Realizou dois recitais no Teatro Municipal, com interpretações de poetas portugueses, brasileiros, espanhóis e franceses,[14] tendo, no intervalo do segundo recital, sido descerrada uma lápide comemorativa comemorando a sua passagem pelo Teatro Municipal, com discurso do então governador civil do Funchal, António Caldeira Coelho.[16]
Em 7 de abril de 1946, voltou a passar pelo Funchal, a bordo do Serpa Pinto, vinda de Lisboa em missão especial do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.[17]
Chegou novamente no Funchal, a 2 de novembro de 1952, a bordo do navio Vera Cruz, partindo para Lisboa no Serpa Pinto a 9 do mesmo mês. Aí atua no Teatro São Luís, antes de seguir em tourné pela Europa.[3][18]
Em abril de 1961 actuou no Teatro D. Maria II, em Lisboa, vinda de uma tourné por Angola e Moçambique[19]
Homenagens
O escultor franco-polonês Paul Landowski usou as mãos da poeta Margarida Lopes de Almeida como modelo para as mãos da estátua do Cristo Redentor, inaugurada dia 12 de outubro de 1931 no Rio de Janeiro.[20]