Magnésio
O magnésio é um elemento químico de símbolo Mg de número atômico 12 com massa atômica 24 u (12 prótons e 12 nêutrons). É um metal alcalinoterroso, pertencente ao grupo (ou família) 2 (anteriormente chamada IIA), sólido nas condições ambientais. É o oitavo elemento mais abundante na crosta terrestre, onde constitui cerca de 2,5% da sua massa,[1] e o nono no Universo conhecido, no seu todo.[2] Esta abundância do magnésio está relacionada com o facto de se formar facilmente em supernovas através da adição sequencial de três núcleos de hélio ao carbono (que é, por sua vez, feito de três núcleos de hélio). A alta solubilidade dos iões de magnésio na água assegura-lhe a posição como terceiro elemento mais abundante na água do mar.[3] É empregado principalmente como elemento de liga com o alumínio. Outros usos incluem flashes fotográficos, pirotecnia e bombas incendiárias. O magnésio foi descoberto em 1755 pelo escocês Joseph Black na cidade de Magnesia. Principais característicasO magnésio é um metal bastante resistente e leve, aproximadamente 30% menos denso que o alumínio. Possui coloração prateada, perdendo seu brilho quando exposto ao ar, por formar óxido de magnésio. Quando pulverizado e exposto ao ar se inflama produzindo uma chama branca. Reage com a água somente se estiver em ebulição, formando hidróxido de magnésio e liberando hidrogênio. AplicaçõesO elemento magnésio e suas diversas substâncias servem para diversas aplicações no dia-a-dia, sendo os principais:
O Mg também é encontrado em alimentos como vegetais e cereais. Recentes pesquisas indicam o Magnésio como responsável por retardar o envelhecimento celular, além de ser responsável por inúmeras funções metabólicas intracelulares.[6] Papel biológicoO magnésio é importante para a vida, tanto animal como vegetal. A clorofila é uma substância complexa de porfirina-magnésio que intervem na fotossíntese. É um elemento químico essencial para o ser humano. A maior parte do magnésio no organismo encontra-se nos ossos e, seus íons desempenham papéis de importância na atividade de muitas coenzimas e, em reações que dependem da ATP. Também exerce um papel estrutural, o íon de Mg2+ tem uma função estabilizadora para a estrutura de cadeias de ADN e ARN. Dependendo do peso e da altura, a quantidade diária necessária e recomendada varia entre 300 e 350 mg, quantidade que pode ser obtida facilmente, visto o magnésio estar presente na maioria dos alimentos, principalmente, nas folhas verdes das hortaliças, nas sementes, nozes, leguminosas e cereais integrais. Contudo, a agricultura intensiva produz alimentos carentes neste mineral. O aumento na ingestão de cálcio, proteína, vitamina D e álcool, bem como o estresse físico e psicológico aumentam as necessidades de magnésio. A sua carência nos humanos pode causar: agitação, anemia, anorexia, ansiedade, mãos e pés gelados, perturbação da pressão sanguínea (tanto com hipertensão como hipotensão), insónia, irritabilidade, náuseas, fraqueza e tremores musculares, nervosismo, desorientação, alucinações, cálculos renais e taquicardia. Essencial para a fixação correta do cálcio no organismo; a deficiência de magnésio pode causar endurecimento das artérias e calcificação das cartilagens, articulações e válvulas cardíacas; sua carência pode causar descalcificação nos ossos (osteoporose). Seu excesso (em nível de nutriente) nos humanos pode causar: rubor facial, hipotensão, fraqueza muscular, náuseas, insuficiência respiratória, boca seca e sede crônica.[7][8][9][10] HistóriaO nome é originário de Magnésia, que em grego designava uma região da Tessália. O escocês Joseph Black, reconheceu o magnésio como um elemento químico em 1755. Em 1808 Sir Humphry Davy obteve o metal puro mediante a eletrólise de uma mistura de magnésia e HgO (óxido de mercúrio). Abundância e obtençãoO magnésio é o oitavo elemento mais abundante na crosta terrestre[11]. Não é encontrado livre na natureza, porém entra na composição de mais de 60 minerais, sendo os mais importantes industrialmente os depósitos de dolomita, magnesita, brucita, carnallita, serpentina, kainita e olivina. O metal é obtido principalmente pela eletrólise do cloreto de magnésio ( MgCl2 ), método que já foi empregado por Robert Bunsen, obtendo-o de salmoura e água de mar. IsótoposO Mg-26 é um isótopo estável empregado nas datações geológicas, como o Al-26, do qual é originário. Nas inclusões ricas em cálcio e alumínio (CAI em inglês) de alguns meteoritos (os objetos mais antigos do sistema solar) se tem encontrado quantidades de Mg-26 maiores do que o esperado, atribuindo-se o fato ao decaimento do Al-26. Como estes objetos se desprenderam em etapas anteriores à formação dos planetas e asteroides, não sofreram os processos geológicos que fizeram desaparecer as estruturas contraindicas formadas a partir das inclusões e, portanto, guardaram a informação acerca da idade do sistema solar. Nestes estudos se compara as proporções Mg-26/Mg-24 e Al-27/Mg-24, para determinar dessa maneira, de forma indireta, a relação Al-26/Al-27 inicial da amostra no momento em que esta se separou das regiões de pó da névoa pré solar, determinando o início da formação do nosso sistema solar. PrecauçõesO magnésio é extremamente inflamável, especialmente quando está pulverizado. Reage rapidamente, com liberação de calor, em contato com o ar, motivo pelo qual deve ser manipulado com precaução. O fogo produzido pelo magnésio, portanto, não deverá ser apagado através do uso de água. Na indústria química, o magnésio também é utilizado em diversos processos participando diretamente na composição dos produtos elaborados bem como no auxílio do tratamento de efluentes gerados por esses mesmas atividades industriais. Referências
Ligações externas
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