Praseodímio
O praseodímio (do grego prasios, "verde", e didymos, "gêmeo") é um elemento químico de símbolo Pr e número atômico 59 (59 prótons e 59 elétrons) com massa atómica 140,9 u[1] que à temperatura ambiente se encontra no estado sólido. Faz parte do grupo das terras raras, ocorrendo naturalmente nos minerais monazita e bastnasita. Foi isolado em 1885, pelo químico austríaco barão Carl Auer von Welsbach, a partir do didímio.[2] O praseodímio é usado para produzir ligas metálicas de alta resistência térmica e mecânica utilizadas em componentes de motores de avião e de filamentos para lâmpadas de projetores cinematográficos. É também usado na produção de metal Misch para pedras de isqueiros. Características principaisO praseodímio é um elemento metálico prateado, macio pertencente aos lantanídios. É mais resistente a corrosão no ar do que o európio, lantânio, cério ou o neodímio, porém desenvolve um óxido verde que reveste o metal quando exposto ao ar, expondo o metal ainda mais a oxidação. Por essa razão, o praseodímio deve ser armazenado imerso em óleo mineral ou selado em plástico ou vidro. Aplicações
HistóriaO nome praseodímio é proveniente do grego prasios ( "verde" ) e didymos ( "gêmeo" ).[3] Em 1841, Mosander extraiu a terra rara "didímio" da lantana.[2] Em 1874, Per Teodor Cleve concluiu que o didímio era, de fato, uma mistura de dois elementos diferentes. Em 1879, Lecoq de Boisbaudran isolou uma nova terra rara , samário, do didímio obtido do mineral samarskita. Em 1885, o químico austríaco barão C. F. Auer von Welsbach separou do didímio dois elementos químicos, o praseodímio e o neodímio, cujos sais apresentam colorações diferentes.[2] O elemento metálico foi isolado relativamente puro em 1931.[2] OcorrênciaO praseodímio é encontrado em minerais terras raras como a monazita e a bastnasita. O praseodímio pode ser recuperado da monazita ou bastnasita pelo processo de troca de íons. O praseodímio também é componente , em torno de 5%, do metal Misch. Os mais importantes depósitos de monazita são encontradas nos Estados Unidos (Idaho-Montana e Flórida) , Brasil, Austrália, África do Sul e Índia. A bastnasita é encontrado principalmente na Califórnia ( Estados Unidos ). CompostosOs principais compostos de praseodímio são:
IsótoposO praseodímio natural é composto de um único isótopo estável, o Pr-141. 38 radioisótopos foram caracterizados, sendo os mais estáveis o Pr-143 com uma meia-vida de 13,57 dias e o Pr-142 com uma meia-vida de 19,12 horas. Todos os demais isótopos radioativos apresentam meias-vida abaixo de 5,985 horas e, a maioria destes, com menos de 33 segundos. O elemento contém também 6 isótopos metaestáveis, sendo os mais estáveis o Pr-138m ( meia-vida de 2,12 horas ), o Pr-142m ( meia-vida de 14,6 minutos ) e o Pr-134m ( meia-vida de 11 minutos ). As massas atômicas dos isótopos de praseodímio variam de 120,955 u ( Pr-121 ) até 158,955 u ( Pr-159 ). O primeiro modo de decaimento antes do isótopo estável, Pr-141, e a captura eletrônica, e o primeiro modo após é a emissão beta menos. Os primeiros produtos de decaimento antes do Pr-141 são os isótopos do elemento 58 ( cério ) e os primeiros produtos após o Pr-141 são os isótopos do elemento 60 ( neodímio. PrecauçõesComo todas as terras raras, o praseodímio apresenta de moderada a baixa toxicidade. Não apresenta nenhum papel biológico conhecido. Referências
Bibliografia
Ligações externas
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