Seu pai, Gabriel Luis Trochillo (originalmente Trujillo) era filho de espanhóis e sua mãe, Margarita Bastarrica, era natural de Álava,[1] iniciou sua carreira profissional no juvenil do Corinthians em 1943.[2]
Bem antes disso já jogava bola no Cachoeira Futebol Clube (clube da várzea paulistana fundado pelo seu pai, e sediado no bairro do Brás). Pouco depois Luizinho trocou o clube da família para jogar no Clube Atlético Recreativo Maria Zélia (outro tradicional clube da várzea paulistana, sediado na Vila Operária Maria Zélia) que prometeu levar o jovem craque para o tradicional Corinthians.[3]
Do Maria Zélia foi levado para o Corinthians por Dante Pietrobon (irmão do Valussi, ex-jogador do Corinthians) que o levou para a equipe profissional do Corinthians em 1949. Fez parte da equipe corintiana que marcou mais de 100 gols no início dos anos 50, recorde que persiste até hoje. Luizinho "Pequeno Polegar" fazia parte do trio de grande sucesso no Futebol Paulista junto com Cláudio, "O Gerente", e Baltazar, "O Cabecinha de Ouro". Tido como um dos principais trios ofensivos da história do Corinthians.[4]
Titular absoluto do clube até o início dos anos 60, Luizinho saiu em 1963 para o Juventus-SP, por causa de um desentendimento com o então técnico Sylvio Pirillo. Voltou ao clube alvinegro em 1964, onde encerraria a carreira três anos depois.[4]
Conquistou 21 títulos, entre eles, o Torneio Rio-São Paulo (1950, 1953 e 1954), Campeonato Paulista (1951 e 1952), o Campeonato Paulista do 4º Centenário, em 1954 e a Pequena Taça do Mundo, em 1953.[4]
Mesmo após encerrar a carreira de jogador, Luizinho não se separou do futebol. Continuou ligado ao Corinthians, e por três vezes foi chamado para exercer a função de técnico tampão da equipe, ocasião que percebeu não ter vocação para comandante. Porém jamais se negou a assumir a equipe em momentos difíceis.[5]
Em 1994 foi homenageado pelo Corinthians com um busto seu no jardim do Parque São Jorge, honraria esta que até então fora concedida somente a Neco, o primeiro ídolo do clube.[6]
Em 1996 foi feita outra homenagem ao ídolo: aos 65 anos, Luizinho voltou aos gramados do Pacaembu, atuando por cinco minutos, em um amistoso contra o Coritiba que marcava a estreia do atacante Edmundo no Corinthians, tornando-se assim o jogador mais velho a defender a camisa do Corinthians em campo.[4]
Seleção Brasileira
Luizinho não teve grandes oportunidades com a seleção brasileira. Mesmo assim O Pequeno Polegar a defendeu em algumas oportunidades como em 1956, quando atuou em um jogo contra a Argentina, sendo, inclusive, o autor do gol da vitória brasileira que de quebra também daria o fim a um tabu de 10 anos sem vitórias brasileiras sobre os argentinos. Acabou sendo preterido da convocação para a Copa do Mundo FIFA de 1958. No total, ele vestiu a camisa da Seleção Brasileira onze vezes marcando um gol apenas.
Notas
Luizinho tornou-se uma das figuras mais queridas do Corinthians e conta com algumas marcas que impressionam o torcedor. Foi dele o gol do título paulista de 1954, sobre o arquirrival Palmeiras, no ano do 4º Centenário da cidade de São Paulo. É algoz do arquirrival Palmeiras, marcando 19 gols em confrontos contra o clube.
Luizinho é o terceiro jogador com maior número de partidas pelo Corinthians. Com 607 jogos, o jogador foi superado nos anos 80 pelo lateral-esquerdo Wladimir, com a marca de 806 partidas e, em 2022, foi superado pelo goleiro Cássio, com a marca de 608 partidas.[7]
Morte
Luizinho morreu em 18 de janeiro de 1998 aos 67 anos, devido a complicações respiratórias.[8]