Leila Pereira
Leila Mejdalani Pereira (Cambuci,[2][3][4] 11 de novembro de 1964) é uma empresária, advogada, jornalista e dirigente esportiva brasileira.[5] Ficou conhecida por presidir a financeira Crefisa e pelas atividades na Sociedade Esportiva Palmeiras, da qual é presidente desde 2021.[6] No Palmeiras, Leila se tornou a patrocinadora do clube por meio da Crefisa e da Faculdade das Américas. A parceria deu início em 2015, e Leila tornou-se conselheira do clube, chegando à presidência.[7] Desde o início da parceria com a Crefisa, o Palmeiras conquistou feitos importantes, incluindo dois títulos da Copa Libertadores da América.[7] O clube conseguiu ainda mais quatro títulos do Campeonato Brasileiro.[8][9] Em 2022, a Forbes listou Leila Pereira como a quinta mulher mais rica do Brasil.[7] Em 2024 se tornou a primeira mulher a ser Chefe de Delegação da Seleção Brasileira. BiografiaLeila nasceu em Cambuci[3] e foi criada em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, sendo filha de uma família de classe média.[10] Seus irmãos seguiram a carreira na medicina, enquanto que Leila era criada para ser dona de casa e ter filhos.[10] Entretanto, a contragosto do pai e com o apoio da mãe, mudou-se para o Rio de Janeiro para cursar a faculdade.[10] Entrou na faculdade de jornalismo da Universidade Estácio de Sá[11] e conseguiu um estágio na Rede Manchete. Ficou pouco tempo na função jornalística e teve sua primeira aproximação com o esporte ao participar da cobertura da Copa do Mundo de 1990.[10] Na época em que estudava jornalismo, Leila conheceu o empresário José Roberto Lamacchia, fundador da Crefisa, durante uma festa de carnaval em Ipanema.[11] Os dois não mais se separaram e ele passou a visitá-la a cada quinze dias, já que morava no Jardins, em São Paulo.[11] Aconselhada por Beto, passou a cursar Direito, formando-se pela Universidade Cândido Mendes.[11] Mudou-se para São Paulo em 1996 e tentou ser juíza, mas não conseguiu sucesso em um concurso público e acabou abrindo um escritório.[11] Leila e José Roberto Lamacchia casaram-se em 1999.[11] Começou a trabalhar com o marido em 2000, ajudando nos processos judiciais da empresa.[11] Em 2008, passou a comandar a Crefisa e o Centro Universitário das Américas (FAM).[12] Parceria com o PalmeirasLeila passou a patrocinar o Palmeiras em 2015. Uma das primeiras grandes jogadas do patrocínio da Crefisa no clube foi a contratação do atacante Dudu, comprado por aproximadamente 35 milhões de reais graças a um aporte da financeira.[11] Na época, o Palmeiras vinha de uma temporada conturbada. O clube passou o ano de 2014 brigando contra o rebaixamento, se livrando na última rodada. Em 2015, logo no primeiro ano de parceria com a Crefisa, o alviverde havia conquistado a Copa do Brasil.[8] Em 2017, conseguiu ser conselheira do clube. Graças a uma carta do ex-presidente Mustafá Contursi, pôde provar que possuía um título de sócia desde 1996, habilitando-se a concorrer a uma das vagas.[11] Com 250 votos, acabou sendo a mais votada na eleição para o conselho do Palmeiras.[11] Para seguir com um bom relacionamento, a Crefisa repassava 70 ingressos para Contursi.[11] Entretanto, em 2017, promotores suspeitaram que esses tíquetes estavam sendo vendidos, o que seria ilegal. O caso acabou arquivado por falta de provas, mas o relacionamento entre Contursi e a Crefisa foi rompido.[11] Desde então, o Palmeiras enfileirou mais conquistas. Foram dois Campeonatos Brasileiros (2016 e 2018), o Campeonato Paulista de 2020 e a Copa Libertadores da América de 2020.[8] Presidência do PalmeirasPrimeiro mandato[13]No dia 20 de novembro de 2021, em votação com chapa única, Leila foi eleita a 40ª presidente da história do clube, sendo a primeira mulher – recebeu 1.897 votos dos associados de um total de 2.141.[14] Apesar de atualmente ter uma forte ligação com o clube de futebol paulista, sendo patrocinadora e presidente, curiosamente Leila torcia para outro clube de futebol antes da parceria: o Vasco da Gama.[15] Pouco tempo após ter vencido a presidência, Leila comemorou mais um título para o Palmeiras: a Copa Libertadores da América de 2021.[16] O mandato de Leila Pereira à frente do clube começou em 15 de dezembro de 2021.[16] Seu primeiro ano como presidente do Palmeiras foi marcado pelas conquistas do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022, da Recopa Sul-Americana e do Campeonato Paulista.[9] No feminino, o alviverde venceu a Libertadores e o Campeonato Paulista.[9] O clube também foi bem-sucedido nas categorias de base, com os títulos da Copa São Paulo de Futebol Júnior, do Campeonato Brasileiro Sub-20 e do Campeonato Brasileiro Sub-17.[9] Em outubro de 2022, Leila e seu marido, José Roberto Lamacchia, fundaram uma companhia aérea com o nome Placar Linhas Aéreas S/A.[17] Em janeiro de 2023, ela anunciou a compra de um E190 para uso do clube em jogos fora de São Paulo, com a aeronave juntando-se a outra que a presidente já tinha também em nome da empresa aérea.[18] Protestos da torcidaLeila passou a ser alvo de protestos da torcida do Palmeiras, principalmente pela Mancha Alviverde.[19][20] A relação ruim da dirigente com a torcida organizada começou logo nos primeiros meses da gestão de Leila no Palmeiras, após a presidente não atender ao desejo da torcida em mudar o lugar reservado no Allianz Parque.[21] Em 2023, Leila passou a ser criticada por causa da demora na contratação de reforços para a temporada.[20] Em junho, torcedores ironizavam a compra do avião feita pela dirigente durante um protesto em frente à sede da Crefisa.[20] Em setembro, Leila conseguiu uma medida protetiva contra três membros da Mancha Alviverde por causa de ameaças feitas durante uma live que transmitia o protesto dos torcedores na Crefisa.[20] A Justiça determinou que os torcedores deverão manter uma distância de 300 metros do ambiente de trabalho ou da residência da presidente do Palmeiras.[20] No dia 10 de outubro, torcedores do Palmeiras picharam 40 agências da Crefisa.[22] Os principais alvos foram Leila Pereira e o diretor de futebol Anderson Barros.[22] A Crefisa decidiu processar a Mancha Alviverde pelos danos causados aos estabelecimentos e por acreditar que há elementos que ligam a torcida aos atos por causa dos atritos entre a organizada e a presidente Leila Pereira.[23] Concessão da Arena BarueriNo dia 24 de outubro de 2023, a Crefipar, empresa de Leila Pereira, venceu a concessão para administrar a Arena Barueri.[24] Leila afirmou que a empresa investirá até R$ 500 milhões nos próximos 35 anos, passando a ser lugar dos jogos do Palmeiras quando o Allianz Parque não estiver disponível.[24] Brasileirão 2023Em dezembro de 2023, a equipe do Palmeiras conquistou a taça do Campeonato Brasileiro de 2023, numa grande recuperação de rendimento no segundo turno do torneio. Segundo mandato[25]Leila Pereira foi reeleita presidente do Palmeiras no dia 24 de novembro de 2024 e seguirá no cargo até o final de 2027. Única mulher no comando de um grande clube no Brasil, Leila é uma empresária de sucesso e uma das mulheres mais ricas e poderosas do país. Foi reeleita presidente do Palmeiras, em cima de Savério Orlandi. Foram 3153 votos no total, com 2295 para Leila (73,2%) e 858 para Savério (26,8%).[26] Logo após Leila ser reeleita, ela fala: "O candidato que vem da oposição, ele é um candidato que já está no clube há muito tempo, então já esteve na diretoria de futebol e não fez nada de relevante para o clube." Até o seu 1° mandato o time conquistou a Recopa Sul-Americana (2022), Campeonato Paulista (2022, 2023 e 2024), Campeonato Brasileiro (2022 e 2023) e Supercopa do Brasil (2023). [27] Títulos da Gestão
Seleção BrasileiraEm março de 2024, Leila assumiu o posto de chefe de delegação da Seleção Brasileira para os amistoso contra a Inglaterra e a Espanha. Ela dividiu seu cargo com a presidência do Palmeiras naquele período.[28] Sua participação na Seleção foi marcada por um discurso contrária a falta de posicionamento dos representantes da CBF em relação as condenações legais de Robinho e Daniel Alves.[29] Ambos haviam sido julgados e condenados naquele mesmo mês e a chefe da delegação disse em discurso:[30]
Seu posicionamento foi fundamental para que outros representantes da seleção fizessem o mesmo. Após ela, Ednaldo Rodrigues (presidente da CBF), Danilo (capitão da Seleção Brasileira), Dorival Júnior (treinador da Seleção) e a própria entidade lançaram pronunciamentos públicos sobre o tema.[31] Referências
Ligações externas
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