Língua istriota
A língua istriota é uma língua românica falada na costa oeste da península da Ístria, especialmente nas cidades de Rovinj (it. Rovigno) e Vodnjan (Dignano), na parte superior do mar Adriático, na Croácia. Os seus falantes nunca empregam o nome "istriota", senão que tem seis denominações, segundo a cidade de onde vem o falante (em Dignano chama-se "bumbaro", em Bale (it. Valle) "vallese", em Rovinj rovignese, em Šišan sissanese, em Fažana fasanese e em Galižana gallesanese). O nome "istriota" foi proposto pelo linguista de língua italiana, nascido no Império Austro-Húngaro, Graziadio Isaia Ascoli, no século XIX. Atualmente conserva ainda cerca de 1000 falantes e por isto considera-se uma língua em perigo de extinção. ClassificaçãoO istriota é uma língua românica relacionada com o vêneto e de acordo com alguns autores às populações reto-românicas dos Alpes. Conforme o linguista italiano Matteo Bartoli, A área Ladina se estendia até o ano 1000 d.C. do sul da Ístria até Friul e o leste da Suíça.[1] A sua classificação permanece pouco clara, devido às especificidades da língua, que sempre teve um número muito limitado de falantes. O istriota pode ser visto como:
Quando a Ístria era uma região do Reino da Itália, o istriota foi considerado pelas autoridades como um dialeto do vêneto.[4] EscritaO istriota usa o alfabeto latino sem as letras K, W, Y. VocabulárioComparação com algumas línguas, dialetos italianos e Latim:
Exemplos
Amostra de texto
La nostra zì oûna longa cal da griebani: i spironi da Monto inda uò salvà, e 'l brasso da Vistro uò rastà scuio pei grutoni pioûn alti del mar, ca ruzaghia sta tiera viecia-stara. Da senpro i signemo pissi sensa nom, ca da sui sa prucoûra 'l bucon par guodi la veîta leîbara del cucal, pastadi dala piova da Punente a da Livante e cume i uleîi mai incalmadi. Fra ste carme zì stà la nostra salvissa, cume i riboni a sa salva dal dulfeîn fra i scagni del sico da San Damian; el nostro pan, nato gra li gruote, zi stà inbinideî cul sudur sula iera zbruventa da Paloû... e i vemo caminà par oûna longa cal da griebani, c'ancui la riesta lissada dali nostre urme.
"O nosso caminho é longo e coberto de pedras: os esporões do Monto foram salvos e o braço de Vistro permaneceu como rocha para as cavernas colocadas mais acima do mar, o que erosionou esta terra antiga. Sli sempre se pesca sozinho para adquirir o bocado e desfrutar da vida gaivota livre, oprimida pelas chuvas ocidental e oriental como azeitonas sem enxertos. Entre essas enseadas eram nossa salvação, como as bremas são salvas pelos golfinhos entre as covas do San Damiano quando seco; O nosso pão, nascido entre as cavernas, foi abençoado pelo suor do pátio Palù ... e andamos por uma longa estrada acidentada, que hoje permanece nivelada por nossos passos."
Ver tambémNotas
Referências
Ligações externas
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