O bororo é uma língua falada no Brasil pelos índios bororos que vivem no estado de Mato Grosso e faz parte da família linguística das línguas bororos, pertencente ao tronco linguístico macro-jê.[1]
A língua foi registrada de diversas formas como por exemplo: a língua autodenominada pelos orginários de boe wadáru[1] ou bataru-boe[i][2]. De forma semalhante, o povo também foi registrado de várias formas e ela ficou conhecida como sendo a língua dos boróro[3], dos borôro[ii][3], dos borôros-coroados[4], dos borórós-corôados[5], dos borroros[2]
Vocabulário
Vocabulário boróro (Lane 1935):[6] [7]
Português |
Boróro
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abelha |
mé
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água |
póbo
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alto |
raichigo
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anta |
kiúa
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arara |
nábúre
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arco |
tuguê
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arma de fogo |
baiga
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asa do gavião |
aiága
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barriga |
icûre
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beiço |
inôgua itô
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beleza |
motu
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boca |
iárê
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braço |
cãna
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cabelos |
itáo
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caititu |
djúo
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capivara |
qui
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casa |
bai
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chapéu |
táo
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criançada |
noguarêcogure
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dedos |
iurerupê
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dedos da mão |
iqueráco
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dentes, orelha |
bié
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ele come |
aicuaguedo
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eles comem |
tagoguagedo
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eles vão |
tadúo
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ele vai |
atúo
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ema |
pari
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estrela |
curêdge
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eu como |
inoguagedo
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eu vou |
itúo
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faca |
tariga
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flecha |
baigá
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fumo |
mé
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gado |
tapira
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gavião |
korugugua
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gordo |
aroiarôgo
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lenço |
djoriguigue
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lenha |
akigô
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linha |
ári
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lua |
djuco
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macaco |
rakicharo
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marimbondo |
eitugi
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mato |
itúrua
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mãos |
iquêra
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me dá |
maquinái
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menina |
aredorôgo
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menino |
medorôgo
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milho |
cuiáda
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mosquito borrachudo |
mátchê
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mulher |
arêda
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nariz |
quêno
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não é bonito |
motúbocúa
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não tem |
bocua
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nós vamos |
padúo
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olhos |
iôco
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onça |
atúgo
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panela |
miririá
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panelinha |
rúobo
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pau |
ipê
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pé |
iurê
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peito |
mogurê
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pena |
bûre
|
perdiz |
parikeogodo
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perna |
poguorá
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pestana |
djocobú
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remédio |
djorúbo
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ruim |
pêga
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sapato ou chinelo |
urêtáu
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seriema |
bêu
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sobrancelha |
ierebú
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sol |
méri
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tatu-canastra |
bokodóricucúrê
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testa |
iêri
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venha cá |
mátocá
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você não tem beleza |
aimotabocua
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você |
ai
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você é ruim |
aipêga
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unhas da mão |
iquinóque
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unhas do pé |
ureguê
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Ver também
Notas
- ↑ Júlio Romão da Silva (1980, pág. 23).
- ↑ Júlio Romão da Silva (1980, pág. 9).
Referências
- ↑ a b «Bororo - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 19 de maio de 2024
- ↑ a b Silva, Júlio Romão da (1980). «Os índios bororos : Família etnolingüística». Biblioteca Digital Curt Nimuendajú: línguas e culturas indígenas sul-americanas. Rio de Janeiro: Editora e Distribuidora Valverde. (46 p., 4 mapas, 6 figuras, 1 gráfico). Consultado em 19 de maio de 2024
- ↑ a b Crowell, Janet I. (2013). Gramática Pedagógica Bororo: Um Esboço Preliminar (PDF). Tradução de Duse A. Moura. A versão original deste trabalho foi disponibilizada em 1983, como Nº 164 do Arquivo Linguístico (Summer Institute of Linguistics, Brasília, DF). Anápolis – GO: Associação Internacional de Linguística SIL – Brasil. p. 6. 113 páginas
- ↑ Magalhães, Basilio de (1918). «Vocabulario da lingua dos Borôros-Coroados do Estado de Mato-Grosso». Biblioteca Digital Curt Nimuendajú. Revista do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, tomo 83. Imprensa Nacional. Rio de Janeiro. pp. 5–67. Consultado em 19 de maio de 2024
- ↑ Caldas, José Augusto (1899). «Vocabulario da lingua indigena dos borórós-corôados». Cuyabá (Cuiabá). Consultado em 19 de maio de 2024
- ↑ Lane, John. Notas sobre parte da região da Chapada de Mato Grosso. Geografia (Rev. da Associação dos Geógrafos Brasileiros), ano 1, n.° 2, São Paulo, 1935, p. 202-4. (Vocabulários e dicionários de línguas indígenas brasileiras.)
- ↑ «Boróro». Dicionário Ilustrado Tupi Guarani. 6 de março de 2016. Consultado em 19 de maio de 2024
Ligações externas