Aticuns-umãs
Os aticuns-umãs (também conhecido como Aticum, Atikim - Umã e Atikum-Umã) são um povo indígena brasileiro. A reserva Atikum, com uma área de 15.276 hectares e uma população de 7.924 índios, está localizada na Serra do Umã, no município de Carnaubeira da Penha, em Pernambuco. A presença dos indígenas na Serra do Umã data provavelmente do século XIX. Segundo documentos de 1801, esses índios, sob a denominação de Umãs juntamente com outras tribos, foram aldeados no local onde permaneceram até 1819, quando a aldeia foi abandonada após vários conflitos. Em 1825, houve a dispersão de diversos grupos indígenas pelo sertão de Pernambuco, tendo os Umã se dirigido para região da Serra Negra. Não se sabe quando a tribo teve o seu nome mudado, mas a reserva foi criada, em 1949, para os índios já denominados Atikum. A comunidade tem a agricultura como sua principal atividade e não enfrenta problemas de posse da terra. Considerados bom produtores agrícolas, cultivam principalmente o milho, o feijão, a mamona e algumas frutas como banana, goiaba, pinha e laranja. Plantam, ainda, mandioca destinada ao fabrico da farinha. Praticam também a caça e possuem pequenos criatórios. A produção dos Atikum abastece as cidades vizinhas e é comercializada, tanto na própria localidade, quanto na feira de Mirandiba. Os Atikum já não conservam, como outras comunidades indígenas de Pernambuco, muitos traços da sua cultura. Ainda dançam o toré, porém só os mais velhos se empenham na conservação desse costume, quando entoam cânticos, onde existem vestígios da sua língua nativa, acompanhados de maracás de cabaças e fumam cachimbos de madeira. Em um local afastado chamado "gentio", realizam reuniões secretas, que segundo alguns relatos são semelhantes aos cultos afro-brasileiros. Seus traços físicos indicam uma forte miscigenação com o negro, provavelmente grupos fugidos da escravidão que se instalaram na Serra do Umã. A sua língua nativa não sobreviveu, salvo raras palavras ainda mencionadas nos cantos do toré. Falam a língua portuguesa. Referências
Bibliografia
Ligações externas
|