Aimorés Nota: Este artigo é sobre a etnia indígena. Para o município, veja Aimorés (Minas Gerais). Para outros significados, veja Aimoré.
Os aimorés, aimbirés, aimborés ou botocudos eram uma etnia indígena brasileira que habitava o sul da Bahia, o norte do Espírito Santo e Minas Gerais nos séculos XVI e XVII.[1][2][3] Ao contrário da maioria dos povos indígenas que habitavam o litoral brasileiro no século XVI, não falavam a língua tupi. Eram em número de 30.000. Nômades, se abrigavam em cabanas temporárias cobertas com folhas de palmeiras. Sobreviviam principalmente da caça e do consumo de carne humana[4]. O escritor português Pero de Magalhães de Gândavo assim os descreveu em seu livro "Tratado da terra do Brasil- História da Província de Santa Cruz", de 1576:[5]
Etimologia"Aimoré" é um termo tupi que designa uma espécie de macaco.[6] Porém o padre José de Anchieta afirmou que o termo surgiu de guaymuré "indivíduo de nação diferente, aquele que é povo diferente"[7] HistóriaAssim como outras tribos tapuias, os Aimorés haviam sido expulsos do litoral pelos tupis pouco antes da chegada dos portugueses à região no século XVI, mas, a partir da década de 1550, tentaram retomar ao seu território.[8] Com os constantes ataques aos colonos portugueses e seus escravos índios, os Aimorés foram os responsáveis pelos fracassos das capitanias de Ilhéus, Porto Seguro e Espírito Santo.[1] Só foram vencidos no início do século XX.[1] Sobrevivem até hoje sob a forma da etnia contemporânea dos crenaques.[9] Ver tambémReferências
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