Korba Nota: Não confundir com a cidade homônima da Índia
Korba (em árabe: قربة; romaniz.: Qurba), a antiga Cúrubis, é uma cidade e município do litoral nordeste da Tunísia e a capital da delegação homônima, a qual faz parte da província de Nabeul. Em 2004, o município tinha 34 807 habitantes.[1] No mesmo ano, a delegação tinha 60 564 habitantes.[2] Foi em Cúrubis que o famoso bispo cartaginês Cipriano foi exilado no ano de seu martírio, juntamente com seu companheiro de viagem Pôncio de Cartago. A cidade situa-se à beira no golfo de Hammamet, na costa sul do cabo Bon, 21 km a nordeste de Nabeul e 78 km a leste-sudeste de Túnis (distâncias por estrada). HistóriaAntigos geógrafos e itinerários mencionam a cidade de Cúrubis na costa da província romana da África, entre Clupeia (Clupea, moderna Kelibia) e Neápolis (Nabeul).[3] O mais antigo registro histórico é uma inscrição do tempo da guerra civil de César, que registra que os generais de Pompeu, Públio Ácio Varo e Caio Consídio Longo, fortificaram a cidade no ano de 46 a.C..[4] Nos anos seguintes à guerra, a cidade foi transformada numa colônia romana, Colônias Júlia Cúrubis (Colonia Iulia Curubis) (Plínio, o Velho se refere a ela como libera, "livre"), talvez em parte por causa da tentativa de Júlio César de livrar o exército romano dos antigos soldados e, ao mesmo tempo, manter a África contra as forças de Pompeu[5]. No ano de 257 d.C., o bispo cartaginês Cipriano foi exilado lá. Seu biógrafo, Pôncio, que o acompanhou no exílio, elogiou o lugar:
No ano de 411, Cúrubis, assim como muitas outras cidades africanas, tinha seu próprio bispo (mencionado nos anais do Concílio de Cartago daquele ano).[7] Um bispo de Cúrubis é mencionado novamente na Notitia provinciarum et civitatium Africae no ano de 484, entre os bispos exilados para a Córsega por se recusarem a jurar obediência ao rei vândalo Hilderico[8] e novamente nos anais do Concílio de Cartago de 525.[9] A cidade tinha seu próprio teatro romano. Uma inscrição no final do século II honra os cidadãos que o criaram.[10] Resquícios de um aqueduto romano sobreviveram até os tempos modernos e a contribuição dos proprietários de navios de Cúrubis para um mosaico em Óstia Antiga sugere que a cidade teria também um porto, do qual nada restou.[11] Referências
Bibliografia
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