José Pinheiro de Azevedo
José Baptista Pinheiro de Azevedo OA • ComA • GCL (Luanda, 5 de junho de 1917 – Lisboa, 10 de agosto de 1983[1]) foi um oficial da Marinha e político português. Foi primeiro-ministro de Portugal do VI Governo Provisório. NascimentoPinheiro de Azevedo nasceu a 5 de junho de 1917, na cidade de Luanda, província ultramarina de Angola, de pais de confissão judaica originários de Viseu e de Braga.[1] Era irmão do escritor Eduardo Baptista Pinheiro de Azevedo, consequentemente tio-avô materno de Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting.[2][3] CarreiraEntrou na Escola Naval em 1 de outubro de 1934,[1] e foi promovido a oficial em 1937. Foi professor de Astronomia e Navegação na Escola Naval e lecionou no Curso de Capitães da Escola Náutica Infante D. Henrique. Colaborou em livros técnicos, sobre Trigonometria, Meteorologia e Navegação. Integrou o Movimento de Unidade Democrática e foi apoiante das candidaturas de José Norton de Matos, Manuel Quintão Meireles e Humberto Delgado. Serviu na Guerra Colonial, tendo sido encarregado da defesa marítima de Angola. Liderou a defesa marítima de Santo António do Zaire, em Angola,[1] e de 1968 a 1971, exerceu a função de adido naval à Embaixada de Portugal em Londres.[4] A partir de 1970, foi promovido a capitão-de-mar-e-guerra, e, em 1972, tornou-se comandante dos Fuzileiros Navais.[1] Depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, foi nomeado para a Junta de Salvação Nacional, tendo sido promovido a chefe do Estado-Maior três dias depois.[1] Empenhado na democratização do país durante o Processo Revolucionário em Curso (PREC), assumiu funções como primeiro-ministro do VI Governo Provisório desde 29 de agosto de 1975.[1][5] nessa função, Pinheiro de Azevedo queixou-se de ter sido sequestrado e de todos os ataques feitos pelas alas mais radicais da revolução. Por isso chegou a suspender a actividade do governo, junto do Presidente da República Costa Gomes, facto inédito num governo.[6] Contribuiu, igualmente, para a derrota do "gonçalvismo", e defendeu a normalização da vida nacional.[1] Em 23 de Junho de 1976, sofre um ataque cardíaco e foi substituído interinamente, entre 23 de junho e 23 de julho de 1976, por Vasco Almeida e Costa, ministro da Administração Interna. Pinheiro de Azevedo foi candidato a Presidente da República, sem apoios partidários, nas presidenciais de 1976, realizadas em 27 de junho de 1976, nas quais alcançou cerca de 14% dos votos.[1][7] Um ano depois tornou-se presidente do Partido da Democracia Cristã, fundado por José Eduardo Sanches Osório, cargo em que permaneceu até à sua morte. Ficou conhecido como o Almirante sem Medo.[8] Eleições presidenciais de 1976
MortePinheiro de Azevedo morreu vítima de enfarte agudo do miocárdio em 10 de agosto de 1983.[1][8] Citações
Homenagens
PolémicasFoi acusado pelo famoso ex-agente da CIA e escritor Oswald LeWinter de, em conjunto com Francisco da Costa Gomes, ter ajudado a enviar armas para o Irão.[12] Referências
Bibliografia
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