José Nobre Guimarães
José Nobre Guimarães (Quixeramobim, 13 de fevereiro de 1959) é um advogado e político brasileiro, deputado federal pelo Ceará e líder do terceiro governo Lula na Câmara dos Deputados. José Nobre Guimarães é um dos onze filhos de "seu" Sebastião e "dona" Laís.[1][2] É irmão de José Genoino, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores - PT e ex-deputado federal.[2][3] No Ceará, exerceu dois mandatos de deputado estadual, tendo sido, na maior parte desse período, líder do PT.[3][4] Antes, presidiu o partido no estado durante oito anos.[4][5][6] Foi reeleito para seu quinto mandato consecutivo como deputado federal em outubro de 2022.[6][7] Seu ex-assessor José Adalberto Vieira foi preso em São Paulo com US$ 100 mil escondidos na cueca e R$ 209 mil em uma mala de mão. O caso ocorreu em 2005 e prescreveu por falta de provas. Atuação políticaFilho de agricultores de Quixeramobim, no sertão central cearense,[1] José Nobre Guimarães começou sua militância política no movimento sindical[3] e no Comitê Brasileiro pela Anistia[carece de fontes]. Filiou-se ao PT em 1985 [3][5][6] e coordenou a campanha do PT que elegeu Maria Luiza Fontenele prefeita de Fortaleza.[8] Em 1988 concluiu o curso de Direito na Universidade Federal do Ceará.[3][7] Em 1989 coordenou no Ceará a campanha de Lula para a Presidência da República.[4][5][6] Em 2000 assumiu mandato de deputado estadual pelo Ceará, sendo posteriormente eleito em 2002.[7] Durante esse período, foi líder da bancada do PT, integrou comissões e foi relator-geral do orçamento do Estado.[4] Mandatos como deputado federalFoi eleito deputado federal em 2006, alcançando o maior número de votos pelo PT do Ceará [9] e reeleito em 2010 como o primeiro do PT e o segundo mais votado do Ceará.[4][10] Eleito para a Câmara Federal pela primeira vez em 2006 com votação expressiva, Guimarães ganhou poder na Câmara. Tornou-se vice-líder do governo e passou a ser amplamente reconhecido como o homem que indicava a diretoria no Banco do Nordeste. No disputado campo de batalha da política nordestina, o BNB foi apontado em 2012 como território de José Guimarães.[11] Gress e Alencar são indicações de Guimarães na alta gestão do BNB.[carece de fontes] Foi reeleito deputado federal em 2014, para a 55.ª legislatura (2015-2019)[12] e escolhido para ser líder do governo na câmara.[13] Votou contra o Processo de impeachment de Dilma Rousseff.[14] Posteriormente, votou contra a PEC do Teto dos Gastos Públicos[14] e contra a Reforma Trabalhista.[14][15] Em agosto de 2017 votou a favor do processo em que se pedia abertura de investigação do então Presidente Michel Temer.[14][16] Foi reeleito deputado federal em 2018 conquistando a quarta maior votação no estado do Ceará com 173.039 votos.[17] Caso dos 'dólares na cueca'Em 2005, em meio a crise do "mensalão", o então assessor de José Nobre Guimarães, José Adalberto Vieira da Silva, foi flagrado com R$ 209.000 numa maleta de mão e US$ 100.000 em espécie, em sua cueca.[18] O assessor parlamentar foi detido pela Polícia Federal, no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.[19][20][21][22][23] Nos meses que se seguiram o ocorrido, várias versões da origem do dinheiro foram apresentadas. Primeiramente, Adalberto afirmou que o dinheiro era decorrente da venda de frutas em São Paulo.[22] Depois, o próprio Guimarães diz que ele seria usado por Adalberto e José Vicente Ferreira, outro assessor seu, para a criação de uma locadora de veículos.[19][24] Entretanto, para a justiça e para PF, o dinheiro seria propina recebida por Kennedy Moura, à época assessor especial da presidência do Banco do Nordeste (BNB), e ex-assessor e tesoureiro de José Guimarães, para acelerar empréstimos no banco.[20][25] Moura, indicado de Guimarães, já tinha envolvido o nome do político cearense no caso de uma licitação fraudulenta para contratação dos serviços da Cobra Tecnologia, subsidiária do Banco do Brasil.[24][26] Oito parlamentares e assessores foram considerados envolvidos no caso tendo sido denunciados por improbidade administrativa, sendo três condenados: o próprio Adalberto, o então presidente do BNB, Roberto Smith e o ex-assessor especial Kennedy Moura. José Nobre Guimarães teve o nome retirado do processo, pelo STJ, por falta de provas.[20][23] Após 16 anos do caso, a Justiça Federal do Ceará encerrou o processo.[27] Condecorações
Referências
Ligações externas
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