João Bosco de Lima
João Bosco Ramos de Lima (Manaus, 9 de abril de 1936 – Brasília, 11 de maio de 1979) foi um advogado, jornalista e político brasileiro que foi senador pelo Amazonas.[1][2][3] Dados biográficosFilho de José Ramos de Lima e Guiomar Alves de Lima. Técnico em contabilidade, formou-se advogado pela Universidade Federal do Amazonas em 1972. Trabalhou junto à Secretaria Municipal de Finanças de Manaus por três anos a partir de 1959. Na seara desportiva presidiu a Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos do Amazonas (ACLEA), foi cronista da Rádio Difusora do Amazonas, treinador do Nacional Futebol Clube e vice-presidente da Federação Amazonense de Futebol. Além disso presidiu o Conselho Regional do Projeto Rondon, a Associação Brasileira de Relações Públicas no Amazonas e foi conselheiro da Associação Brasileira de Municípios.[1] Disputou sua primeira eleição em 1962 e figurou como suplente de deputado estadual pelo PRT, mas no ano seguinte elegeu-se vereador na capital amazonense[nota 1] chegando à presidência da Câmara Municipal em 1965 e nessa condição exerceu interinamente o cargo de prefeito de Manaus numa licença do prefeito Vinicius Conrado. Mediante a deposição do presidente João Goulart pelo Regime Militar de 1964 e a extinção dos partidos políticos através do Ato Institucional Número Dois,[4] ingressou no MDB elegendo-se deputado estadual em 1966. Reeleito via ARENA em 1970, presidiu a Assembleia Legislativa do Amazonas entre 1973 e 1975. Eleito vice-governador do estado na chapa de Enoque Reis em 1974, venceu também a eleição para senador numa sublegenda arenista em 1978.[3] Após o anúncio de sua vitória para o Senado Federal, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas acatou denúncia de fraude em Atalaia do Norte, onde apuraram mais votos que o número de eleitores inscritos. Na ocasião, a ARENA foi acusada pelo MDB de distribuir títulos eleitorais além do prazo legal. Com a anulação do pleito no referido município, o oposicionista, Fábio Lucena, chegou a ser declarado vencedor, porém um veredicto do Tribunal Superior Eleitoral garantiu a vitória de João Bosco de Lima por estreita margem.[5][nota 2] Seu mandato como senador durou menos de quatro meses, pois faleceu em Brasília em 11 de maio de 1979, vítima de problemas cardíacos. Em seu lugar assumiu a professora Eunice Michiles, primeira mulher brasileira a ocupar uma cadeira senatorial desde a Princesa Isabel, titular de uma vaga durante o Brasil Império por força da Constituição de 1824.[6][7] NotasReferências
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