Hypera Pharma
A Hypera Pharma é uma empresa farmacêutica brasileira com sede em São Paulo, sendo considerada a maior empresa farmacêutica brasileira[3] em termos de receita líquida[4] e capitalização de mercado.[carece de fontes] HistóriaA empresa iniciou suas atividades no ano de 2001, quando João Alves de Queiroz Filho readquiriu a Prátika Industrial, fabricante da palha de aço Assolan. A empresa, por sua vez, era integrante da Arisco, vendida à Bestfoods em 2000, posteriormente incorporada a Unilever, que por sua vez não tinha interesse no negócio de esponjas de aço. Devido à grande ascensão, a empresa obteve necessidade de expandir sua produção e sua distribuição, por consequência, adquiriu a Help e a Brilmis e inaugurou um novo centro de distribuição em Goiânia, também em 2002. Neste mesmo ano a empresa alterou sua denominação para Assolan Industrial, dando início a uma série de aquisições nos anos seguintes como a Fisibra (2003), a Distribuidora Clean (2005) e também iniciou-se em um novo segmento, o de detergentes em pó para lavar roupas, com a aquisição da Quimivale Industrial, também em 2005. Em 2007, ganhou novo nome e nova denominação social, passando a se chamar Hypermarcas, e a Assolan torna-se uma das marcas do recém-formado conglomerado. No ano de 2008, se torna uma sociedade anônima. No mesmo ano, a empresa lança sua oferta inicial pública de ações na Bovespa, captando cerca de R$ 700 milhões.[5] Ainda neste ano, foi deflagrada a Operação Tira-Teima, onde a Polícia Federal (PF) investigou o fundador e mais três ex-executivos da empresa por denúncias de pagamento de propina a políticos do MDB e do PSDB para favorecer a empresa.[6] Ao final do primeiro semestre de 2017, a empresa era a maior anunciante do mercado publicitário brasileiro.[7] Em 2018, anuncia a mudança de nome para Hypera Pharma.[8][9] A mudança, segundo a empresa, tem como objetivo destacar o novo momento da companhia, com foco exclusivo no mercado farmacêutico a partir do ano de 2017.[10] Em 2020, compra um portfólio de medicamentos da Takeda, por cerca de US$ 825 milhões. Com isso, a empresa se torna a maior farmacêutica do Brasil e a líder no segmento de medicamentos OTC.[3] Em 20 de setembro de 2024, a Polícia Federal concluiu o relatório e indiciou os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) por, supostamente, terem cobrado propina para favorecer interesses do grupo farmacêutico Hypermarcas (atualmente Hypera Farma) no Senado Federal. A investigação começou como um desdobramento da operação Lava Jato, em 2018, mas o relatório final do inquérito só foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto do mesmo ano. Jucá e Braga negam irregularidades. Renan não se manifestou.[11] AquisiçõesEm 2002, devido à necessidade de expandir sua produção e distribuição, adquiriu a Help e a Brilmis e inaugurou um novo centro de distribuição em Goiânia, também em 2002. Entre 2003 e 2005, adquire a Fisibra, a Distribuidora Clean e a Quimivale Industrial. Em 2006, a empresa estreia em dois novos segmentos: alimentos (com a compra da Etti) e cosméticos, fruto da parceria com a empresária Cristiana Arcangeli. No ano de 2007, adquire ainda a DM Farmacêutica (fabricante de Merthiolate, Monange, Cenoura & Bronze e outros), a Sulquímica (fabricante de Mat Inset e Fluss) e a Finn, dona do adoçante de mesmo nome. Em 2008, incorporou a Farmasa e adquiriu a Ceil (controlada da Revlon no Brasil, proprietária das marcas Bozzano, Aquamarine, Juvena e Campos do Jordão), as marcas Nylooks, Radical, Bia Blanc e Summer Look da Brasil Global Cosméticos em julho, e em setembro, adquiriu a Niasi. Em 2009, adquiriu do Grupo Silvio Santos a Hydrogen Comésticos por cerca de R$ 25 milhões.[12] Posteriormente adquiriu a Inal (fabricante dos preservativos Olla e Lovetex) e a marca Jontex (até então pertencente à Johnson&Johnson), detendo assim uma fatia próxima dos 45% no mercado de preservativos,[13] além da fabricante de fraldas e absorventes Pom Pom.[14] Ainda em 2009, adquire o laboratório Neo Química por R$ 1,3 bilhão.[15] Em 2010, adquiriu a Luper (dona de marcas como Gastrol e Dramavit) por R$ 52,1 milhões,[16] a York (de higiene pessoal e hospitalar) por R$ 95 milhões,[17] a Facilit (dona da marca Sanifill) por R$ 60,4 milhões,[18] a Sapeka, de fraldas infantis, por R$ 225 milhões,[19] a Mabesa (dona de marcas como Cremer-Disney, Plim Plim e Puppet) por R$ 350 milhões,[20] além das controladoras da empresa de produtos odontológicos Bitufo, por R$ 80,05 milhões.[21] Neste mesmo ano, compra também a marca Pom Pom Sabonetes (que estava sob o domínio da Colgate-Palmolive), por R$ 85 milhões,[22] as marcas Digedrat (usado em tratamentos do coração, Peridal (linha gástrica) e Lopigrel (da linha infantil) da Medley por R$ 84 milhões[23] e a Mantecorp (laboratório fabricante de medicamentos tais como Polaramine e dermocosméticos), por R$ 2,5 bilhões.[24] Em 2011, compra a linha de produtos e a marca Perfex, assim como sua tecnologia, da Johnson&Johnson por US$ 17 milhões.[25] Em 2019, anuncia a compra da linha de medicamentos Buscopan, da Boehringer Ingelheim, por R$ 1,3 bilhão. A aquisição, segundo a empresa, faz parte da estratégia do grupo, que nos últimos anos se concentrou no segmento farmacêutico, de buscar fortalecimento no mercado de produtos que não precisam de receita.[26] Em 2020, compra um portfólio de medicamentos da Takeda, por cerca de US$ 825 milhões. Alguns medicamentos que fazem parte do acordo são Neosaldina e Nebacetin, na linha de OTC, além de Alektos e Dramin, na linha de medicamentos de prescrição. Com isso, a empresa se torna a maior farmacêutica do Brasil e a líder no segmento de medicamentos OTC.[3] Em 2021, adquire da Sanofi um portfólio de 12 marcas (como o analgésico AAS, o antisséptico Cepacol e o fitoterápico Naturetti) por US$ 190 milhões. O acordo prevê ainda que a Sanofi forneça os medicamentos até que a empresa obtenha as licenças necessárias junto à Anvisa.[27] Em 2022, anunciou a compra de uma propriedade produtora da duboisia (planta da qual se extrai a escopolamina, princípio ativo do Buscopan) da Boheringer Ingelheim por R$ 190 milhões. Além disso, o acordo contempla a transferência do know-how da produção do IFA da linha Buscopan, hoje produzido na Alemanha e vendido para a Sanofi em outros mercados e para a empresa, no Brasil. A partir de 2026, a empresa espera começar a produção do princípio ativo no Brasil.[28] VendasEm outubro de 2011, a empresa vende algumas marcas de seu portfólio de limpeza (Assim, Sim, Gato, Fluss, Sanifleur e Mat Inset) para a Flora, controlada pela J&F, por R$ 140 milhões. O acordo incluía ainda uma fábrica localizada em Itajaí. Na época, a empresa justificou a venda como parte do plano de focar seus negócios nos segmentos farmacêutico e de higiene pessoal.[29] Em dezembro do mesmo ano, opta pelo desinvestimento total do segmento de consumo, com a venda das marcas Assolan, Perfex e Cross Hatch para a Ypê por R$ 130 milhões. Paralelamente a isso, vende as marcas Etti e Salsaretti (de alimentos) para a Bunge, por cerca de R$ 180 milhões. A negociação envolveu ainda a venda das fábricas da Etti em São Paulo e da Assolan em Goiás.[30] Em dezembro de 2015, opta pela venda da divisão de cosméticos para a francesa Coty, com marcas como Bozzano, Monange, Paixão, Biocolor, Risqué e Cenoura & Bronze, por R$ 3,8 bilhões. A empresa justifica que, desta maneira, pode manter seu foco no segmento farmacêutico.[31] Em janeiro de 2016, numa tentativa de reduzir seu endividamento e focar em linhas mais rentáveis, anuncia a venda da divisão de preservativos para a britânica Reckitt Benckiser, por R$ 675 milhões. Na época da venda, a divisão era responsável por apenas 2% do faturamento total do grupo.[32] Ainda em 2016, anuncia a venda da divisão de produtos descartáveis para a belga Ontex, por R$ 1 bilhão. Desta forma, a empresa conclui a reestruturação almejada em 2015.[33] Em 2020, anunciou a venda de um portfólio com 12 marcas para a Eurofarma por US$ 161 milhões. A venda contempla todos os mercados da América Latina, com exceção do Brasil.[34] Em 2021, anuncia a venda do portfólio adquirido da Sanofi na Colômbia e no México para a Eurofarma por US$ 51,6 milhões.[35] MarcasMedicamentos de Prescrição
Dermocosméticos
Medicamentos isentos de prescrição médica
Adoçantes
Similares e Genéricos 1Apenas no mercado brasileiro. Nos demais mercados, a produção e venda dos medicamentos é feita pela Sanofi. Referências
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