HiperalgesiaHiperalgesia ( do grego antigo 'hyper-' [ὑπέρ] excesso e '-algesia' [ἄλγος] dor) é um termo médico para sensibilidade exagerada à dor ou sensação elevada a estímulos dolorosos, podendo ser seguida de danos dos tecidos maciços contendo nociceptores ou lesão a um nervo periférico. Pode ser local ou difusa, primária ou secundária, aguda ou intermitente, contínua ou crônica. Sabemos que a dor é, e sempre será, sintoma e alarme, mas a prática clínica e até as pesquisas básicas têm-nos mostrado que em certas situações a dor crônica é a própria doença, que maltrata e intensamente incapacita o ser humano. A dor tem características individuais, idiossincrásicas e aspectos ligados à cultura na qual o indivíduo está imerso. Estes aspectos sempre estiveram presentes desde os períodos mais longínquos da Medicina. Um dos princípios hipocráticos se refere precisamente ao alívio da dor sempre que possível. TiposO fenômeno da dor envolve dois componentes:
Os estímulos dolorosos perceptivos se somam aos emocionais FisiopatogeniaA experiência dolorosa está intimamente relacionada às conexões do sistema límbico com o córtex cerebral, principalmente no lobo pré-frontal. Estes circuitos cerebrais efetuam-se através de neurotransmissores, principalmente serotonina, noradrenalina e dopamina, que desempenham um papel importante como neuromoduladores a dor e sensações de calor e frio. Causas
Hellwell 1992 propõe que a teoria da tensão muscular esclarece, em parte, a predisposição de alguns indivíduos para vivenciarem de maneira mais intensa a experiência dolorosa.
A hiperalgesia é comum durante uma síndrome de abstinência de pessoas com uso abusivo de álcool ou outras drogas com efeitos analgésicos, como opioides. Quanto maior a dose habitual do analgésico pior a dor durante a abstinência dessa droga.[1] Nenhuma outra droga pode evitar completamente uma dor intensa na crise de abstinência a ópio, pode-se induzir o coma terapêutico por alguns dias até que a dependência diminua.
A hiperalgesia pode ser induzida pelo fator ativador de plaquetas (PAF) produzido em uma resposta inflamatória ou alérgica. Parece ocorrer através de células imunes interagindo com o sistema nervoso periférico e liberando substâncias químicas que causam dor e febre (citocinas e quimiocinas) como interleucina 1, parte da resposta normal a doenças.[2]
Os neuromoduladores da dor, endorfina, encefalina e dinorfina desempenham um papel importante nas transmissões do impulso elétrico de um neurônio para outro. O déficit de neuromoduladores ou algum problema com seus receptores causa hiperalgesia.
Qualquer dor tem um importante componente psicológico. A dor emocional (como divórcio, demissão, luto) é considerada pela maioria como pior que a dor física e multiplica a dor causada por doenças e traumas. TratamentoPara terminar a doença deve-se tratar a causa. Quando os Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) como Cetorolaco não são suficientes para controlar a dor, podem ser utilizando vários fármacos com função analgésica como os antidepressivos ISRS e tricíclicos, glicocorticoides (como Metilprednisolona),[3] gabapentina ou pregabalina, antagonistas dos receptores NMDA (como quetamina e metadona)[4] ou opioides como codeína e tramadol.[5] Referências
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