Grupo Globo Nota: Não confundir com Global Media Group.
Grupo Globo[12][13] é o maior conglomerado de mídia e comunicação do Brasil e da América Latina. Em maio de 2016, era o 14.º maior conglomerado de mídia do mundo,[14] e tem as seguintes empresas subsidiárias: Globo, Editora Globo, Sistema Globo de Rádio e Globo Ventures, além de ser mantenedor da Fundação Roberto Marinho. No mesmo ano, foi citado entre os maiores proprietários de mídia do mundo, de acordo com o ranking produzido pela consultoria Zenith Optimedia, sendo a única empresa brasileira da lista. A principal empresa do Grupo Globo é a TV Globo, que detém a maior emissora de televisão do país e a segunda maior do mundo.[15][16][17][18][19][20][21] Entre 2011 e 2017, o Grupo Globo figurou na pesquisa Top Thirty Global Media Owners, realizada pela Zenith Optimedia com base nas receitas publicitárias do ano, o Grupo Globo apareceu na posição 17 dentre os maiores grupos de mídia do mundo; que lista as "30 empresas mais influentes do mundo na área de mídia", atrás de empresas como Google (1.º lugar), News Corp (3.º lugar) e The Walt Disney Company (4.º lugar), sendo o único latino-americano entre os 20 maiores. O levantamento apontou também que o conglomerado era maior do que grupos de mídia conhecidos internacionalmente, como Microsoft (21º lugar) e Yahoo! (18º lugar).[22][23][24] HistóriaSéculo XXA primeira iniciativa da holding foi o jornal A Noite, fundado e dirigido por Irineu Marinho em 1911, no Rio de Janeiro, então capital do Brasil.[25] Em 1925, com o sucesso do vespertino, Irineu decide fundar um segundo jornal chamado O Globo que, após sua morte repentina, passa a ter Eurycles de Matos, amigo pessoal de Irineu, como diretor-redator-chefe. Com o falecimento de Eurycles, em 1931, o filho de Irineu, Roberto Marinho, assume o jornal.[6] Em 1944, ocorreu a inauguração da Rádio Globo, também no Rio de Janeiro, mas foi com a inauguração da TV Globo (transmitida a partir de 1965) a partir da obtenção da concessão do canal 4 do Rio de Janeiro, que a empresa se tornou líder no segmento de mídia e expandiu negócios como com a portuguesa SIC, em 2010.[17][26][27][28][29] Nos anos seguintes, o Grupo Globo fundou a gravadora Som Livre (1969), a Fundação Roberto Marinho (1977), a programadora de canais Globosat (1991), o portal Globo.com (2000) e o G1 (2006).[30] Século XXIMudança de nomeEm 25 de agosto de 2014, a empresa divulgou que passaria a adotar como nome "Grupo Globo", antes "Organizações Globo", marca usada desde a inauguração do jornal O Globo em 1925.[31] Segundo Roberto Irineu Marinho, "Essa mudança é resultado da nossa visão de futuro e atuação nos anos recentes. Queremos incentivar e promover cada vez mais a colaboração entre nossas empresas, o alinhamento de objetivos e a busca de resultados comuns. O esforço conjunto será cada vez mais importante para entender expectativas do público e atendê-las.[32] No dia 10 de setembro, foi re-lançado o documento "Essência Globo" contendo a visão, missão e valores do Grupo. Sua primeira versão havia sido publicada no ano 2000.[29][32][33] Reestruturação acionáriaEm 24 de setembro de 2018, o Grupo Globo anunciou o projeto Uma Só Globo onde, em três anos, as operações de suas subsidiárias TV Globo, Globoplay, Globosat, Globo.com e DGCorp seriam integradas em uma única empresa,[34] sob a razão social Globo Comunicações e Participações S.A. e a marca Globo, Sistema Globo de Rádio, Fundação Roberto Marinho e Som Livre não foram contempladas para o projeto e continuam operando independentemente. O processo de reestruturação foi feito com a consultoria da Accenture.[35] Algo similar havia sido feito com as empresas do grupo que atuam no mercado editoral, com a fusão da Editora Globo e as empresas de jornais Infoglobo e Valor Econômico.[36] Com esse movimento, a Globo tem como objetivo corte de despesas fixas em alinhamento com seu lucro líquido, além de ganhar mais dinamismo e se preparar para enfrentar a concorrência das novas plataformas de mídia que surgem, e que como tendência mundial, estão cada vez mais concentradas.[37] Em 8 de novembro de 2019, foi anunciado a centralização de algumas empresas do Grupo Globo, que se juntaram em uma nova empresa, apenas de nome Globo. A mudança, que aconteceu em 1º de janeiro de 2020, também operou mudanças em toda a direção do grupo, com remanejamento e promoção de nomes.[38] Em 4 de janeiro de 2021, foi anunciada oficialmente a marca da nova Globo, como resultado da união da TV aberta, TV por assinatura, streaming e plataformas digitais. O projeto gráfico foi realizado por uma equipe multidisciplinar e teve como ponto de partida a opinião do público. Ele ilustra os valores da empresa compostos por brasilidade, proximidade, diversidade, senso de comunidade, liberdade e criatividade. A arquitetura da nova marca traz o uso de letras em caixa baixa para representar a proximidade com o público. As cores vibrantes refletem a natureza, e a tipografia arredondada foi idealizada para trazer a ideia de círculo e movimento.[39] Um dos principais pontos da reestruturação é que ela passaria a se tornar uma empresa mediatech, visionando um futuro mais direcionado aos âmbitos digital e tecnológico. Nóbrega argumentou: "Nossos canais lineares falam com mais de 100 milhões de pessoas todos os dias no Brasil, o que demonstra a enorme relevância da televisão como a conhecemos, mas o conceito do que é televisão está se ampliando com rapidez".[40] No dia 7 de abril de 2021, foi anunciado um acordo de 7 anos com a plataforma Google Cloud. A parceria contempla a migração de 100% dos dados de seus data centers próprios para a nuvem da gigante tecnológica americana, assim como os seus conteúdos, produtos e serviços digitais da nova empresa; e abre possibilidades para a utilização de Inteligência Artificial e machine learning, incluindo no desenvolvimento de soluções e no processo de inovação da Globo.[41] Ainda sob o processo de reestruturação da nova empresa, em 18 de novembro de 2020, o presidente Jorge Nóbrega anunciou que pretendia vender a gravadora Som Livre. Ainda no mesmo dia, colocou-se a marca em processo de valuation, para disponibilizá-la ao mercado.[42] A distribuidora global Believe foi uma das interessadas na aquisição, porém, em 1º de abril de 2021, foi anunciado que a gravadora foi adquirida pela Sony Music, em uma transação de estimadamente 255 milhões de dólares. Nóbrega afirmou na aquisição: "Nós queríamos assegurar que esse acordo preservasse tudo que a Som Livre representa para os brasileiros".[43][44] Cobertura de massacresApós a Chacina em Blumenau, foi anunciada uma mudança na política de cobertura de massacres.[45] Centenário em 2025Iniciando o ano de 2025, o Grupo Globo comemoraria o seu centenário, lançando o seu emblema comemorativo, que passou a acompanhar o logotipo das emissoras de televisão, rádio e serviços de internet. O foco especial ficou nos 80 anos da Rádio Globo, nos 60 anos da TV Globo, nos 25 anos do Valor Econômico e nos 10 anos do Globoplay.[46] Além disso, o grupo preparou um documentário que contava sobre os 100 anos da empresa, com previsão de lançamento para o mês de julho.[47] Estrutura corporativaO Grupo Globo possui em seu alto escalão os seguintes nomes:[48][49]
SubsidiáriasGloboEmpresa de mídia e comunicação, presidida por Paulo Marinho e fundada em 1 de janeiro de 2020, a partir da fusão das operações das empresas TV Globo, Globosat, Globo.com e DGCorp, que antes operavam de forma independente uma da outra.[39][51][34][2][52] Suas principais divisões são: Canais GloboResponsável pela TV Globo, Canal Futura e pelos canais da antiga Globosat. É chefiada por Amauri Soares.[53] Produtos digitaisIncorpora o g1, o ge, Gshow, o Globoplay e o streaming Canais Globo. É chefiada por Manuel Belmar.[54]. Criação e Produção de conteúdoIncorpora os Estúdios Globo, o Jornalismo Globo e a Globo Filmes. É também chefiada por Amauri Soares.[53][55] Som LivreVendida para a Sony Music Brasil em 2021. Sistema Globo de RádioEmpresa que controla as concessões e redes de rádio do grupo. Está sediada na cidade do Rio de Janeiro, no mesmo edifício da Editora Globo.[56][57]
Editora GloboFundada em 1952, a editora publica livros e revistas. Sua sede está localizada em São Paulo, além de contar com sucursais no Rio de Janeiro e em Brasília, a editora tem as seguintes divisões: infoglobo, Edições Globo Condé Nast, Globo Livros e Globosim.[59][60][61] Globo VenturesEmpresa de investimentos do Grupo Globo criada em 2019 para alavancar outras empresas focadas em empreendedorismo e novos negócios, como por exemplo: Alive, Arena, Bom Pra Crédito, Buser, EmCasa, Enjoei[62], Nomad, Órama[62], Petlove , Stone entre outros.[63] É comandada por Roberto Marinho Neto.[64] Referências
Ligações externas
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