Em 1984, transfere-se para São Paulo, onde escreveu vários textos para teatro, como a comédia "Não Quero Droga Nenhuma", que ficou cinco anos em cartaz, além de produzir vários projetos culturais com a Cia. Harpias e Mansfield, que fundou com Ângela Dip, Giovanna Gold e Marcelo Mansfield, levando o teatro de humor para bares e casas noturnas. Depois de atuar em diversos espetáculos, como "O Amigo da Onça", de Chico Caruso, com direção de Paulo Betti, e "O Pequeno Mago", do grupo XPTO, trabalho que lhe rendeu o Prêmio do Ministério da Cultura de Melhor Atriz, criou um dos projetos que renovou o humor de São Paulo no início dos anos 2000: "Terça Insana".
Na década de 1980, após as participações em Acre vai à Rússia, (Élcio Rossini) e Dias Felizes (Samuel Beckett) Grace fundou junto à Ângela Dip, a Cia Harpas e Ogros, e nesta, criou, produziu e atuou em quatro espetáculos. Paralelamente, foi convidada para diversas montagens teatrais. No início dos anos 90 participou do programa infantil Rá-Tim-Bum da TV Cultura. Ao fim dos anos 90, trabalhou em dois espetáculos com o Grupo XPTO levando ao palco, artistas de áreas variadas, como forma de incentivo à formação dos novos talentos.[1][2]
No início dos anos 2001, uma das suas criações foi Terça Insana, projeto teatral que incentiva novos atores e autores de humor. O projeto revolucionou o humor brasileiro.[3][4] Atuou também em Sobre Amor e a Amizade, baseado na obra de Caio Fernando Abreu.[2] Fez uma pequena participação em Cúmplices de um Resgate (2015), no SBT como Benedita.[5]
Em 2016, Grace começou a viver os grandes momentos de sua carreira. Com isso, voltou com seu projeto de humor, o Terça Insana.[3] No mesmo ano, a atriz ganhou notoriedade nacional ao interpretar a vilã cômica Teodora Abdala na novela Haja Coração (uma nova versão de Sassaricando). Seu desempenho foi tão plausível que inicialmente levou a Rede Globo esticar seu papel na trama, que morreria logo nas primeiras semanas após a estreia. Mais tarde, devido aos pedidos do público, o autor arrumou um jeito da personagem nunca desaparecer completamente do folhetim, fazendo diversas participações em flashback e depois retornando, mas com uma nova personalidade e com maior teor cômico.[6]
Durante o espetáculo Nasci pra ser Dercy (2024)
Após o seu grande sucesso em Haja Coração, ganhou diversos convites para trabalhos na televisão, fazendo diversas participações em especiais. Em 2018, retorna as novelas em Orgulho e Paixão, novela das 18 horas, onde viveu a cômica Petúlia, uma governanta maquiavélica responsável por diversas armações na trama, sendo a principal vilã secundária da trama. Grace novamente foi elogiada e aplaudida por sua interpretação, pois Petúlia apesar de malvada era extremamente divertida e amada pelo público. Em 2020, é um dos destaques da novela das 19 horas Salve-se Quem Puder, onde surge como a doce Ermelinda, uma mulher amorosa e humilde do interior, que trabalha para o programa de proteção de testemunhas, sendo uma mãe super-protetora com seu filho adulto Zezinho, e tornando-se também uma mãe para as protagonistas da história, vivendo também um divertido triângulo amoroso.
Em 2021, para comemorar com os fãs, que a acompanham pelos palcos desde o início de sua carreira, e os mais jovens, que só a viram em cena pelas telas, a atriz criou o “Grace em Revista”. O espetáculo chegou com os 21 anos de lançamento do Projeto Terça Insana e comemorou os seus 40 anos de carreira.
A atriz, sozinha em cena, revela o caminho que percorreu para transformar o palco da comédia num espaço de questionamento, de guerra ao preconceito, de respeito às minorias e transformação social. Em 70 minutos ela conta histórias vividas e revela o processo de criação que deu origem às suas criações icônicas. São elas: Aline Dorel, Santa Paciência, Advogada do Diabo, Adolescente Girassol, Preguiça, Mulher Limão e Cinderela; que pedem passagem para brilhar entre as histórias.