Governador Supremo da Igreja da Inglaterra
O Governador Supremo da Igreja da Inglaterra (em inglês: Supreme Governor of the Church of England) é um título possuído pelo monarca britânico, que dá direito a ele de governar a Igreja da Inglaterra.[3] O arcebispo de Canterbury é o cargo mais alto do clero, por isso é o bispo sênior, e a ele são encarregadas as funções administrativas. Mesmo que a autoridade do monarca sobre a Igreja da Inglaterra não seja total, a situação ainda é muito relevante para a Igreja e ainda mais como simbólica. O Governador Supremo nomeia formalmente os altos membros da Igreja sobre o conselho do primeiro-ministro do Reino Unido, que, por sua vez, é aconselhado por líderes da Igreja.[3]
HistóriaO título foi criado por Isabel I. O parlamento inglês aprovou o ato de supremacia em 1534 o que fez com que Igreja inglesa rompesse com a autoridade da Igreja Católica Romana, após o Papa ter excomungado o rei Henrique VIII por ter anulado o seu casamento com Catarina de Aragão em 1533. O Ato de Supremacia de 1534 confirmou o estatuto do Rei como tendo supremacia sobre a Igreja na Inglaterra e exigia que a nobreza prestasse juramento reconhecendo a supremacia de Henrique.[4] A filha de Henrique, Maria I, tentou restaurar fidelidade da Igreja com o Papa e revogou o Ato de Supremacia em 1555.[5] Isabel subiu ao trono em 1558 e, no ano seguinte, o Parlamento aprovou o Ato de Supremacia de 1559, que restaurou o ato inicial.[6] No entanto, para aplacar os críticos, os nobres eram obrigados a prestar o Juramento de Supremacia, e o monarca passou a ter o título de Governador Supremo da Igreja, em vez de Chefe Supremo. Esta formulação evitou a acusação de que a monarquia usurpou a divindade de Jesus Cristo, a quem a Bíblia identifica como Chefe da Igreja.[7] Defensor da Fé fazia parte do título do monarca britânico desde que este foi concedido a Henrique VIII pelo Papa Leão X, em 1521, em reconhecimento do papel que Henrique teve na oposição à Reforma Protestante.[4] O Papa retirou o título, mas foi mais tarde reconferido pelo Parlamento, no reinado de Eduardo VI. Henrique VIII rompeu com Roma mas ainda não usava o título de Governador Supremo. Os Trinta e Nove ArtigosO que se segue está escrito e reconhecido no Prefácio dos Trinta e Nove Artigos de Religião de 1562. Ele afirma que:
O Artigo 37.º torna esta reivindicação da real supremacia mais explícito:
Igreja da EscóciaNo Igreja da Escócia, (uma Igreja Nacional Presbiteriana), o monarca é automaticamente um membro, mas não tem liderança. No entanto, o monarca nomeia o Senhor Alto Comissário para a Assembléia Geral da Igreja da Escócia como seu representante pessoal, com um papel em grande parte cerimonial. No entanto, a Rainha tem na ocasião um papel desempenhado pessoalmente, como quando ela abriu a própria Assembleia Geral em 1977 e 2002 (por ocasião do seu Jubileu de Prata e Ouro).[9] Lista de Governadores![]()
Referências
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