Gente Pobre
Gente Pobre (em russo: Бедные люди, transl. Bednye Lyudi) é o primeiro romance do escritor russo Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski.[1] A obra, escrita durante os anos de 1844 e 1845 e publicada em janeiro de 1846, quando o autor tinha 24 anos, tem como personagens humildes habitantes da cidade russa de São Petersburgo. O livro revela uma impressionante maturidade se considerarmos a idade do autor. Podemos vê-lo como um manifesto da sua concepção de literatura, porque encontramos aqui presentes as especificidades que o distinguiriam ao longo de toda a sua obra. Ainda antes da sua publicação, este primeiro romance foi alvo dos elogios entusiastas do crítico literário Belinski, que vaticinou o surgimento de um gigante da literatura e defendeu que Gente Pobre constituía a primeira manifestação do romance social no país dos Czares. Mas Dostoiévski é mais do que um romancista social - ele entra em suas personagens e sonda as profundezas das suas almas, pensando, sentindo e falando como elas. Gente Pobre é um romance epistolar, genialmente construído com um mínimo de descrição, o que obriga o leitor a reinventar tudo aquilo que não é dito. SinopseA história passa-se num dos bairros miseráveis de São Petersburgo, onde um funcionário de meia-idade vai trocando correspondência com uma jovem costureira que é na realidade sua vizinha. Mas, demasiado pobres para se casarem, o seu amor passa todo e apenas por estas cartas de dimensão patética, onde contam um ao outro os pequenos acontecimentos do dia-a-dia e onde relatam as suas vidas sofridas, reflectindo individualidades tornadas insignificantes pela miséria. Edições em Portugal
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