Floresta Fóssil de Teresina
A Floresta Fóssil de Teresina é um sítio paleontológico localizado nas margens do Rio Poti, na área urbana de Teresina, Piauí, com madeira fossilizada do período Permiano (aprox. 280-270 milhões de anos atrás). Destaca-se por possuir vários troncos petrificados em posição de crescimento, e por ser o único sítio paleontológico dentro de uma capital brasileira. HistóricoFoi descoberta no ano de 1909 pelo geólogo Miguel Arrojado Lisboa.[1] Estudos posteriores foram realizados, revelando a presença de vários troncos em posição de vida e de uma espécie nova para a ciência.[2] O sítio paleontológico foi transformado em Parque Municipal no dia 8 de janeiro de 1993 e tombado pelo Ministério de Cultura no 25 de outubro de 2010.[3] FósseisAs plantas fósseis predominantes são as gimnospermas e em menor número, as pteridófitas. As espécies reconhecidas são Psaronius sp.[1] e Teresinoxylon eusebioi.[2] Muitas plantas são encontradas em posição vertical, ou seja, em posição de vida ou de crescimento, o que significa que se tornaram fósseis no lugar exato em que viveram. A preservação dos fósseis deu-se através da incorporação de sílica, um processo conhecido como silicificação. Recentemente, foram reportados também estromatólitos.[4] Geologia e IdadeA Floresta Fóssil de Teresina constitui um afloramento rochoso da Formação Pedra de Fogo,[5][6] sendo parte da Bacia Sedimentar do Parnaíba. Esta formação é caracterizada pela presença abundante de oólitos e sílex. A presença da samambaia Psaronius sp., a qual tem sido também encontrada na Alemanha e em outras regiões do supercontinente da Pangéia, tem permitido a atribuição de uma idade permiana à Formação Pedra de Fogo através da correlação bioestratigráfica. ImportânciaA Floresta Fóssil de Teresina destaca-se por possuir vários troncos em posição de vida. Embora são conhecidas outras ocorrências de troncos fósseis em várias regiões da Bacia Sedimentar do Parnaíba,[6][7] só em Teresina têm sido encontrados troncos em posição de vida.[2] O achado de plantas fósseis em posição de crescimento é muito importante por aportar informações valiosas para interpretar o ambiente e a ecologia de épocas passadas. Esta floresta fóssil destaca-se também por constituir o único sítio paleontológico do Brasil localizado dentro de uma capital, representando assim um curioso exemplo de fósseis num contexto urbano. Proteção do sítio e visitaçãoEmbora protegida por lei, a Floresta Fóssil de Teresina encontra-se ameaçada por diversas ações humanas, tais como frequentes incêndios, lançamento de esgoto, pichação, e outros tipos de depredação. A Floresta Fóssil de Teresina não dispõe de vigilância, nem de guias, informação ou infraestrutura para receber visitantes. Em fevereiro de 2020, a Prefeitura Municipal de Teresina anunciou o começo das obras de infraestrutura do Parque Floresta Fóssil e do futuro Museu de Paleontologia no local[8]. Referências
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