OólitoOs oólitos[1] [2] são partículas de configuração esférica ou elipsoidal, do tamanho de grãos de areia (0,25 a 2,00 mm de diâmetro), formados por precipitação química inorgânica de carbonato de cálcio em águas agitadas e com pouca deposição de material clástico, em torno de um núcleo.[3] EtimologiaO substantivo «oólito» resulta da aglutinação dos étimos gregos antigos ᾠόν[4] (òoion), que significa «ovo» e λίθος[5] (litós), que significa «pedra».[1] FormaçãoA precipitação ocorre geralmente de forma radial, em camadas concêntricas, em torno de um núcleo.[3] O núcleo pode ser um fragmento mineral, como quartzo, ou de fragmento de concha, dando origem a pequenos grãos que se assemelham, no formato, a ovos de peixe, daí o nome «oólito» (ovos de pedra).[3] Embora sejam constituídos predominantemente por CaCO3, os oólitos apresentam por vezes quantidades apreciáveis de outros materiais, nomeadamente sílica, dolomita e fosfatos diversos. A litificação dos oólitos origina os calcários oolíticos[3], os quais são muito comuns em jazidas exploradas para produção de rochas ornamentais e para material de revestimento em arquitectura.[6] Quando atingem dimensões da ordem dos 0,5 a 1,0 cm denominam-se pisólitos. OcorrênciasAlguns exemplares calcário oolítico foram formados na Inglaterra durante o período jurássico, e formam a Colinas de Cotswold, a Ilha de Portland com sua famosa Portland Stone,[7] e parte do North Yorkshire Moors. Em Portugal, um exemplo pertinente de calcários oólitcos é a pedra de Ançã.[8] Trata-se de um calcário de cor clara, branco-amarelada, com granulado muito fino, homogéneo, bioclástico e calciclástico, de tendência oolítica e com cimento micrítico pouco espatizado.[9] Encontra-se fundamentalmente nas freguesias de Ançã e Portunhos.[9] Foi amplamente utilizada como uma pedra ornamental na região centro, ao longo da história de Portugal.[8] Referências
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