Ferreiró (Vila do Conde)
Ferreiró é uma povoação portuguesa do Município de Vila do Conde que foi sede da extinta Freguesia de Ferreiró, freguesia que tinha 4,92 km² de área (2012)[1] e 690 habitantes (2011)[2], e, por isso, uma densidade populacional de 140,2 hab/km². A Freguesia de Ferreiró foi extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Bagunte, de Outeiro Maior e de Parada, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Bagunte, Ferreiró, Outeiro Maior e Parada com sede em Bagunte.[3] População
Média do País no censo de 2001: 0/14 Anos-16,0%; 15/24 Anos-14,3%; 25/64 Anos-53,4%; 65 e mais Anos-16,4% Média do País no censo de 2011: 0/14 Anos-14,9%; 15/24 Anos-10,9%; 25/64 Anos-55,2%; 65 e mais Anos-19,0% GeografiaConfronta rio Ave, pelo sul, com Fradelos (Vila Nova de Famalicão), pelo nascente, com Parada, pelo norte, e com Bagunte, pelo poente. HistóriaOcorre já no Censual do Bispo D. Pedro (cerca de 1090), sob a designação de Ferreirola; pagava então dois quarteiros, certamente pela sua reduzida população; sob as formas de Ferreiroa e Ferreirolas, ocorre nos documentos do Mosteiro de S. Simão da Junqueira dos séculos XII e XIII. Nas Inquirições de D. Afonso II, juram sete homens, além do abade, e não havia mais, excepto dois que estavam doentes. Regista-se então que fizera aí uma aquisição um senhor de Cavaleiros (do Outeiro Maior), de nome Soeiro Fafes. Senhores de Cavaleiros serão de novo mencionados nas "Memórias Paroquiais de 1758" sobre a freguesia. Nas Inquirições de D. Afonso III, assinala-se lá a rapina de Martinho Lourenço da Cunha e afirma-se que Ferreiroo é honra de Martinho Pacheca. Domingos da Soledade Silos, em 1845, informa que a igreja “está segura e decente”, que, além do pároco, existem mais dois sacerdotes na freguesia e que a sua população é reduzida, chegando a propor a sua anexação a Parada. Ferreiró tem registos paroquiais muito antigos: os de óbito começam em 1599, os de casamento em 1600 e os de baptismo em 1601. Possui também alguns róis de crismados. O nome mais ilustre da história da terra é o de Joaquim Fonseca da Cruz (1852-1898), que foi Visconde de S. Marinha da Trindade. Depois de passar pelo Brasil e Angola, voltou rico à terra natal, para cujo progresso muito contribuiu (escola de Conde de Ferreira e Igreja da Santíssima Trindade). Na história de Ferreiró também se assinala o contributo de Ricardo Severo - arqueólogo da Citânia de Bagunte - e Fonseca Cardoso, autores dum trabalho intitulado “O ossuário da freguesia de Ferreiró”, saído na Portugália. A antiga igreja paroquial merece a maior atenção, pois, ao longo dos séculos, poucos acrescentos terá sofrido relativamente ao edifício original medieval. Curioso o humilde torreão da sineira. Ricardo Severo e Fonseca Cardoso descrevem-na assim por volta de 1900: "O seu aspecto é dos mais primitivos e singelos, sem torre nem galilé ou alpendre; não obstante, o pequeno âmbito deste pobre templo chegou de sobra para abrigar os fregueses durante as cerimónias de culto, e para necrotério dos antepassados". É antiga e de boa qualidade a imagem da padroeira que nela se venera. A festa mais concorrida de Ferreiró é celebrada em honra da Santíssima Trindade. Durante séculos, foi próspera a indústria de moagem nas margens do Ave. Os autores já citados dão conta do tradicional isolamento da freguesia nestes termos: "Encravada nesta parte mais escusa do Ave, em um cotovelo do rio, distante de vau ou estrada de grande trânsito, esta aldeia permaneceu sempre alheia à vida das restantes povoações, pobre de aspectos e pobre de torrão". Hoje, porém, Ferreiró tem bom acesso e o seu centro, o Largo da Trindade, é um espaço muito agradável. Fez parte do concelho de Vila Nova de Famalicão até 1836, data em que passou para o concelho (atual município) de Vila do Conde.[5] Encostado ao rio ave tem um Parque de Campismo, denominado Parque de Campismo do Ave. [2]. Com o objectivo de preservar a tradição, Henrique Costa iniciou uma actividade de recriação da cozedura tradicional de pão. Podendo-se observar a moagem, a confeção e a cozedura a forno de lenha. Tendo o maior cuidado na recriação história tão vivenciada na freguesia em tempos idos. Património
Referências
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