Evaldo Cabral de Mello
Evaldo Cabral de Mello (Recife, 22 de janeiro de 1936) é um historiador, escritor, ensaista e diplomata brasileiro. Autor de diversos livros, é considerado um dos mais importantes pesquisadores do período da dominação neerlandesa em Pernambuco no século XVII. Foi também diplomata, até se aposentar.[1] Em solenidade realizada no dia 27 de março de 2015, no Salão Nobre do Petit Trianon, o diplomata e historiador Evaldo Cabral de Mello tomou posse na Cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras. O novo Acadêmico, eleito no dia 23 de outubro de 2014.[2][3], sucede ao Acadêmico, romancista, cronista, jornalista e tradutor João Ubaldo Ribeiro, falecido no dia 18 de julho de 2014. Segundo o Presidente da ABL, Acadêmico Geraldo Holanda Cavalcanti, “Diz-se de um autor de sucesso que tem uma grande obra. No caso de Evaldo Cabral de Mello, é uma grande obra que tem um autor. Um autor que se apaga atrás de uma grande modéstia. Mas que tinha que ser revelado. E foi. A Academia é o lugar certo para abrigá-lo e se sente honrada com isso”[4]. CarreiraVoltado para o estudo da História da região Nordeste do Brasil, em especial o ciclo da cana-de-açúcar. Como diplomata, representou o Brasil nos Estados Unidos, Espanha, França, Suíça, Portugal e Trinidad e Tobago. É irmão do poeta e também diplomata João Cabral de Melo Neto e primo do sociólogo Gilberto Freyre, bem como do poeta Manuel Bandeira, todos eles já falecidos. Estudou Filosofia da História em Madri e Londres.[3] Em 1992, obteve o título de doutor por notório saber pela Universidade de São Paulo pelo conjunto dos seus trabalhos, que, além de inúmeros artigos na Revista do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano e alhures, incluem diversos livros publicados.[5] Tem tido o importante papel de ampliar a ênfase da história brasileira no Nordeste,[3] que foi a principal parte da colônia portuguesa do Brasil e que, com as revoluções de 1817 e 1824, ambas em Pernambuco, delineou, a seu ver, uma alternativa mais democrática para o País do que a monarquia bragantina sediada no Rio de Janeiro. Daí, suas críticas ao que chama historiografia "riocêntrica", que ignoraria as peculiaridades e potencialidades do Brasil que não foram cumpridas. Seu livro O negócio do Brasil[6] desmente a tese de que a expulsão dos holandeses do Nordeste foi uma vitória militar, mostrando que Portugal pagou alto valor aos Países Baixos pela volta de sua colônia - apesar de, a essa altura, os neerlandeses (como Evaldo os chama, para não confundir a província da Holanda com o restante das Províncias Unidas) já terem sido efetivamente expulsos de Pernambuco e das capitanias que haviam ocupado. Obras[7]
Referências
Ligações Externashttp://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=1045 Ver também
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