Nota: Este artigo é sobre a antiga estação na Linha do Corgo. Se procura o antigo apeadeiro também na Linha do Corgo, veja Apeadeiro de Parada de Aguiar. Se procura o apeadeiro ao serviço na Linha do Norte, veja Apeadeiro de Vila Pouca do Campo.
Vila Pouca de Aguiar
Antigo edifício da estação de Vila Pouca de Aguiar, em 2015.
A Estação Ferroviária de Vila Pouca de Aguiar, originalmente denominada de Villa Pouca, é uma interface encerrada da Linha do Corgo, que servia a localidade de Vila Pouca de Aguiar, no Distrito de Vila Real, em Portugal.
Na transição para o Século XX, já se reconhecia a necessidade de construir um caminho de ferro entre a Régua, na Linha do Douro, e Espanha, passando por Vila Pouca de Aguiar, localidade que tinha uma certa importância como convergência de várias estradas, e portela para o vale do Rio Tâmega.[1] Em 1898, a comissão que tinha sido encarregada de estudar os projectos na Rede Complementar ao Norte do Mondego apresentou várias propostas, incluindo uma linha de Chaves a Régua, passando por Vila Pouca de Aguiar.[2] Nas bases para a adjudicação da construção e exploração da linha entre a Régua e a fronteira, a segunda parte ia de Vila Real a Vila Pouca de Aguiar, e a terceira deste ponto até Vidago.[3] Os planos para o lanço entre o Ribeiro de Varges e a Estação de Pedras Salgadas, autorizado por uma portaria de 14 de Setembro de 1905, incluíam a estação de Vila Pouca, de 2.ª classe, que deveria ser construída no extremo Oeste da localidade.[4] A via férrea neste ponto ficava a uma cota consideravelmente mais elevada do que nas zonas contínguas, pelo que seria necessário construir um patamar de 320 m de extensão, de forma a evitar o risco de que os vagões descessem acidentalmente por qualquer um dos lados.[4]
Em 16 de Janeiro de 1906, já tinha sido dada a ordem para a construção da estação de Vila Pouca de Aguiar, cujas obras já tinham sido iniciadas em Outubro desse ano.[5]
Esta interface encontrava-se no troço entre as estações de Vila Real e Pedras Salgadas, que foi inaugurado em 15 de Julho de 1907.[6]
Ligação prevista a Mirandela e expansão da estação
No plano da rede ferroviária, introduzido pelo Decreto n.º 18190, de 28 de Março de 1930, um dos lanços programados era a Transversal de Valpaços, a começar em Vila Pouca de Aguiar ou Pedras Salgadas, e a terminar em Mirandela, na Linha do Tua, passando por Carrazedo de Montenegro e Valpaços.[8][9][10] Caso este troço se iniciasse em Vila Pouca, a sua extensão seria de aproximadamente 67 Km.[11]
↑«Há 50 anos»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 60 (1462). 16 de Novembro de 1948. p. 632-633. Consultado em 6 de Setembro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
↑«Parte Official»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 15 (348). 16 de Junho de 1902. p. 181. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
↑ abSOUSA, José Fernando de (16 de Setembro de 1905). «A linha da Regoa a Chaves»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 18 (426). p. 273-275. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
↑«Efemérides»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1228). 16 de Fevereiro de 1939. p. 135-138. Consultado em 6 de Setembro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
↑«Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 18 de Fevereiro de 2018 – via Biblioteca Nacional de Portugal
↑SOUSA, José Fernando de (1 de Outubro de 1935). «Os Nossos Caminhos de Ferro em 1935»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1153). p. 5-9. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
↑SOUSA, José Fernando de (1 de Dezembro de 1934). «Variante pedida na Linha do Tâmega»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1127). p. 587-589. Consultado em 16 de Março de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
↑«CP encerra nove troços ferroviários». Diário de Lisboa. Ano 69 (23150). Lisboa: Renascença Gráfica. 3 de Janeiro de 1990. p. 17. Consultado em 13 de Dezembro de 2020 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares