A estação de Mogadouro distava 5,8 km da vila homónima, via EN221 (desnível acumulado de +23−56 m).[1] O edifício de passageiros situa-se do lado noroeste da via.[2]
Em Julho de 1926, foi anunciado que iriam ser retomados os trabalhos no troço da Linha do Sabor entre Carviçais e Mogadouro, após um longo período de suspensão.[3]
Em 1 de Junho de 1930, entrou ao serviço o lanço entre Lagoaça e Mogadouro,[4] pela Companhia Nacional de Caminhos de Ferro.[5] No entanto, as obras de assentamento de via e de construção dos edifícios só foram concluídas em 1932; ainda assim, a Direcção Geral de Caminhos de Ferro, que vistoriou o projecto em Fevereiro desse ano, ordenou a instalação de mais algumas infra-estruturas, incluindo uma casa para pessoal braçal e um cais descoberto na estação de Mogadouro.[5] Devido a atrasos na aprovação, estas obras só se iniciaram em Agosto, estando quase terminadas nos princípios do ano seguinte.[5] Em 1933, foi construída uma casa com 3 moradias nesta estação, para habitação do pessoal.[6] Nesse ano, também foi submetida à aprovação do Ministro das Obras Públicas e Comunicações uma portaria relativa à expropriação de um terreno junto à estação, para a instalação de uma oficina de creosotagem de travessas.[7] Este edifício foi construído no ano seguinte.[8]
Continuação até Duas Igrejas - Miranda
O troço seguinte da Linha do Sabor, até Duas Igrejas - Miranda, foi aberto à exploração em 22 de Maio de 1938.[4]
O Decreto n.º 18:190, de 28 de Março de 1930, introduziu o Plano Geral da Rede Ferroviária, que tinha como objectivo regular os projectos das linhas férreas em território nacional, tendo uma das ligações programadas sido a Transversal de Chacim, de Macedo de Cavaleiros, na Linha do Tua, a Mogadouro.[9] Este troço, que teria cerca de 50 km de extensão,[10] faria parte da Transversal de Trás-os-Montes, que ligaria entre si as linhas de via estreita a norte do Douro: Sabor, Tua, Corgo, Tâmega, e Guimarães.[11] Esta ligação transversal nunca viria a ser construída.[carece de fontes?]
Encerramento
A Linha do Sabor foi encerrada em 1 de Agosto de 1988.[12][13]
↑«Linhas Portuguesas»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 39 (925). 1 de Julho de 1926. p. 208. Consultado em 16 de Agosto de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
↑«Direcção Geral dos Caminhos de Ferro»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1106). 16 de Janeiro de 1934. p. 53. Consultado em 16 de Agosto de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
↑SOUSA, José Fernando de (16 de Junho de 1935). «Caminhos de Ferro em Trás-os-Montes: o que a lei manda»(PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1140). p. 262-272. Consultado em 5 de Janeiro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa
REIS, Francisco; GOMES, Rosa; GOMES, Gilberto; et al. (2006). Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006. Lisboa: CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A. 238 páginas. ISBN989-619-078-X