Escravo Fiel e Discreto
Escravo Fiel e Prudente, é uma expressão encontrada na Bíblia usada exclusivamente pelas Testemunhas de Jeová, uma versão chamada pela Sociedade Torre de Vigia de Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. O Escravo Fiel e Prudente é composto de cristãos ungidos e escolhidos por Deus. Os "ungidos" são chamados por Jesus de “sacerdócio real” e composto por 144 mil, “comprados” da terra. Eles foram encarregados por Cristo em ‘divulgar as excelências Daquele que os chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz’. Entre o grupo de cristãos ungidos, está o corpo governante, composto por alguns dos seguintes membros:
Identificação do escravo fiel e prudenteSegundo as palavras de um dos membros do Corpo Governante, em outubro de 2012, após uma revisão de suas crenças no que tange a profecia de Mateus 24:45-47, "'O escravo fiel e prudente' foi ungido por Jesus em 1914. Este escravo é pequeno, composto de um grupo de homens ungidos que servem na sede mundial durante a presença de Cristo e que estão diretamente envolvidos no preparo e distribuição de alimento espiritual. Quando este grupo trabalha com o Corpo Governante, eles estão agindo como "o escravo fiel e prudente".[7] Instituição da classe do EscravoAs Testemunhas de Jeová entendiam que o "escravo fiel e prudente" surgira no dia de Pentecostes de 33 EC, cinquenta dias após a ressurreição de Jesus. Durante aquela festividade, no dia 6 de sivã conforme o calendário judaico, o espírito santo foi derramado sobre uns 120 dos discípulos de Jesus, num quarto de andar superior em 6Jerusalém. Naquele instante nasceu uma nova nação de homens e mulheres ungidos com espírito santo. A partir desse dia, os seus membros começaram a falar com destemor aos habitantes de Jerusalém sobre "as coisas magníficas de Deus" (Atos 2:11). Para as Testemunhas, aquela nova nação, uma espiritual, teria se tornado o "servo ou escravo" que divulgaria às nações a mensagem de Jeová e do Seu Filho, Jesus Cristo, e proveria alimento ou orientação no tempo devido a todos os crentes (1 Pedro 2:9). Esta nação passou a ser chamada apropriadamente de "Israel de Deus" (Gálatas 6:16), em contraste com o Israel natural que havia sido rejeitado devido à sua deslealdade para com Deus e para com o Seu Filho. Segundo o atual entendimento das Testemunhas, este "escravo fiel e prudente" não poderia ser uma só pessoa. Citam até um precedente bíblico para a designação no singular de um grupo colectivo. Referem-se à nação que precedeu o Israel de Deus, ou seja, os israelitas naturais. Mencionando a Bíblia, lembram que Jeová é citado como se referindo à inteira nação de Israel, 700 anos antes da vinda de Jesus, como "minhas testemunhas", considerando-os logo em seguida como um singular "servo a quem escolhi". (Isaías 43:10) (NM) Na atualidadeAs Testemunhas de Jeová entendiam, que todos os ungidos, após o Pentecostes de 33 EC, formam o "escravo fiel e prudente". Porém, segundo anunciado pelo Corpo Governante em 6 de outubro de 2012, na Reunião Anual, em um simpósio de 6 partes, esclareceu que, de acordo com a profecia de Jesus do "escravo fiel e prudente", conforme contida em Mateus 24:45-47, o contexto esclarece que este escravo iria aparecer somente nos últimos dias, não antes (Mateus 24:3). Embora tenha certeza de que os apóstolos e anciãos em Jerusalém, junto com outros cristãos do primeiro século eram inspirados e guiados pelo espírito santo de Deus, eles não formavam o "escravo fiel e prudente". Assim, Testemunhas de Jeová consideram que apenas o grupo de cristãos conhecido como Corpo Governante na sede mundial em Warwick, oferecendo alimento espiritual em forma de literaturas bíblicas, são este "escravo fiel e prudente".
Russell confundido com o EscravoPara os Estudantes da Bíblia, conforme eram anteriormente conhecidas as Testemunhas de Jeová, Charles Taze Russell, primeiro presidente da Sociedade Torre de Vigia, chegou a ser encarado como o escravo ou o mordomo fiel de Jesus Cristo. O senso de submissão e de sujeição para com Russell induziu muitos dos seus associados a considerá-lo como sendo o próprio "escravo fiel e prudente". Este conceito foi bem destacado no livro publicado em julho de 1917 pela Associação Púlpito do Povo, de Brooklyn, Nova Iorque. Este livro foi chamado O Mistério Consumado e proveu um comentário sobre os livros bíblicos de Revelação, Ezequiel e O Cântico de Salomão. Na sua página do editor, o livro foi chamado de Obra Póstuma do Pastor Russell. Este livro contribuiu para que alguns, naquele tempo, defendessem o conceito que uma pessoa única, Charles Taze Russell, era o "servo fiel e prudente" predito por Jesus (Almeida Corrigida Fiel), servo este que distribuiria alimento espiritual à família da fé. Em especial depois de sua morte, a própria revista A Sentinela expressou esse conceito por vários anos. Em vista do destacado papel que Russell desempenhara, parecia aos Estudantes da Bíblia daquela época que este era o caso. Ele não promoveu pessoalmente essa ideia, mas aceitou a aparente razoabilidade dos argumentos dos que a defendiam. Ainda assim, Russell acreditava que tal título deveria ser aplicado a uma classe e não a um simples homem. Ele publicou este seu entendimento em A Sentinela (em inglês) de novembro de 1881, página 5. No quarto e no quinto parágrafo antes do fim do artigo intitulado "Na Vinha", Russell escreveu:
Diferentemente do passado, hoje para as Testemunhas de Jeová Russell não possui qualquer tipo de destaque em relação aos muitos outros que contribuíram ativamente para o que consideram ser a única religião verdadeira. Jehovah's Witnesses—Proclaimers of God's Kingdom , as cited by Raymond Franz, Crisis of Conscience, Commentary Press, 2007, page 67. CríticaApós sua expulsão da organização em 1981, o ex-membro do Corpo Governante Raymond Franz alegou que a descrição do escravo na parábola como uma "classe" de cristãos não era suportada pela escritura e foi usada para enfatizar o conceito do escravo estar conectado a uma organização, diminuindo sua aplicação para os indivíduos no incentivo às qualidades de fé, discrição, vigilância e responsabilidade individual. Ele argumentou que se a aplicação das figuras nas parábolas correspondentes de Jesus como membros de uma classe fosse consistente, também haveria uma "classe dez-mina" e "classe cinco-mina" relacionada a Lucas 19: 12-27 e um "muitos cursos classe" e "poucos cursos classe" decorrentes de Lucas 12: 47-48.[8] Franz alegou que a liderança emprega sua interpretação da parábola do "escravo fiel e discreto" principalmente para apoiar o conceito de autoridade administrativa centralizada a fim de exercer controle sobre os membros do grupo exigindo sua lealdade e submissão.[9] Ele disse que o remanescente "ungido", que naquela época foi reivindicado para incluir a classe "escrava", teve contribuição insignificante na doutrina e direção da Sociedade Torre de Vigia, que foram estabelecidas pelo Corpo Governante.[10] Franz também argumentou que a Sociedade Torre de Vigia e suas doutrinas foram construídas sobre o estudo bíblico independente de seu fundador, Charles Taze Russell, que nem consultou nenhuma classe existente de "escravo fiel e discreto" para a iluminação, nem acreditou no conceito ensinado pela Sociedade.[11] Ele concluiu: "Em seus esforços para negar que Jesus Cristo está agora lidando, ou jamais lidaria, com indivíduos separados de uma organização, um 'canal' único, o ensino produz uma posição insustentável. Ele afirma que Cristo fez precisamente que ao lidar com Russell como um indivíduo separado de qualquer organização".[11] Franz também afirmou que o livro de história oficial das Testemunhas de Jeová, Testemunhas de Jeová - Proclamadores do Reino de Deus, deturpou a visão de Russell do "fiel mordomo" enfatizando sua visão inicial de 1881 de que era todo o corpo de Cristo, sem mencionar que ele alterou sua visão quatorze anos depois.[12] Referências
Ligações externasSites oficiais das Testemunhas de Jeová
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