Ernesto Veiga de Oliveira
Ernesto Luís Alves da Veiga de Oliveira (Porto, 24 de junho de 1910 – Lisboa, 14 de janeiro de 1990) foi um etnólogo português que contribuiu para a evolução dos estudos etnográficos e da museologia em Portugal. Fez parte da equipa que liderada por Jorge Dias, esteve génese do Museu Nacional de Etnologia da qual também faziam parte Margot Dias, Fernando Galhano e Benjamim Pereira. BiografiaErnesto Veiga de Oliveira, nasceu no dia 24 de Julho de 1910, na Foz do Douro (Porto), numa família cosmopolita portuense. [1][2][3] Após ter concluído o secundário no Porto, foi para Coimbra estudar Direito, tendo terminado o curso em 1932. Exerceu advocacia durante apenas dois anos, experimenta outros trabalhos e acaba por ir trabalhar na função pública. [3] Em 1947, volta a inscrever-se novamente na Universidade de Coimbra onde faz o curso de Ciências Histórico-Filosóficas. [1][4] Em 1953 junta-se à equipa que liderada por Jorge Dias no Centro de Estudos de Etnologia, está na génese do Museu Nacional de Etnologia da qual também faziam parte Margot Dias, Fernando Galhano e Benjamim Pereira. [3][5][6][7] A partir daqui dedica-se exclusivamente à investigação. Acompanhado por Benjamim Pereira e Fernando Galhano percorre o país fazendo recolhas do património material e imaterial português, das quais se destacam a dos instrumentos musicais populares e outros objectos característicos do mundo rural português, entre eles: alfaias agrícolas, abrigos de pastor, equipamento doméstico e sistemas de atrelagem. A maioria destes podem ser vistos nas Galerias da Vida Rural do Museu Nacional de Etnologia, cuja organização ficou a cargo de Benjamim Pereira. [8][1] Por sua vez as gravações sonoras de instrumentos musicais e canções tradicionais (algumas delas cantadas por Catarina Chitas) podem ser ouvidos através do arquivo sonoro do projecto MemoriaMedia. [9] Em 1973, após a morte de Jorge Dias, assume a direcção do Centro de Estudos de Antropologia Cultural e do Museu Nacional de Etnologia do qual era sub-director desde a sua criação em 1965, ficando no cargo até à reforma em 1980. [1][7] Faleceu em Lisboa em 14 de Janeiro de 1990. No dia 23 desse mês iria ser homenageado pelos seus pares com a edição de um livro que retrataria a obra.[2][10][11] ReconhecimentoFoi condecorado duas vezes pelo Estado Português. Primeiro foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, no dia 30 de Julho de 1984. [12] E a segunda vez, foi no dia 25 de Setembro de 1990, em que a título póstumo, distinguido com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada. [12] A Universidade de Évora distingue-o com o título de Doutor Honoris Causa em 1984. [4] É homenageado na revista Trabalhos de Antropologia e Etnologia em 1990 por Vítor Oliveira Jorge. [13] A poetisa portuguesa Sophia de Mello Breyner Andersen, dedica-lhe um poema aquando da sua morte, intitulado Para o Ernesto Veiga de Oliveira. [14] Os Sétima Legião utilizaram samplers das suas gravações em alguns dos temas do seu último álbum de originais álbum Sexto Sentido, entre eles Em Pedra Dura. [15][16] Foi também homenageado por várias câmaras municipais portuguesas que inseriram o seu nome na toponímia portuguesa, nomeadamente: Almada, Leça da Palmeira, Seixal, Oeiras, Funchal, Beja, entre outros. [17] Publicações (Seleccionadas)Deixou uma vasta obra publicada, que inclui estudos dedicados à arquitectura, mobiliário, tecnologias tradicionais, festividades, romarias e música popular. Entre elas encontram-se:[18][19][20][21][22]
Referências
Ligações externas
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