Ereira (Montemor-o-Velho)
Ereira é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Ereira do Município de Montemor-o-Velho, freguesia com 7,26 km² de área[1] e 575 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 79,2 hab./km². A freguesia foi criada pela Lei n.º 67/84, de 31 de dezembro, com lugares desanexados da Freguesia de Verride. HistóriaDurante muitos séculos o Convento de Almiara (Verride) foi habitada por Crúzios, frades pertencentes ao convento de Santa Cruz de Coimbra, que tinham na sua posse a maior parte das terras do Baixo Mondego. Estes frades incentivavam gentes da região a arrendar grandes extensões de terra, entre elas a granja de Ereira. Formaram-se, assim, os morgadios, cujo contrato visava que, em caso de morte do proprietário, a terra poderia ser herdada pelo filho primogénito e só por este, e em caso da sua inexistência poderia ser herdado pela filha mais velha até à existência de descendência masculina. Os proprietários tinham de manter toda a área que lhes pertencia cultivada e tinham ainda de doar aos senhores eclesiásticos a dízima, ou seja, uma décima parte das colheitas feitas, se tal não ocorresse os tributos duplicariam e as terras ser-lhe-iam retiradas. No século XV (1414) foi erguida a primeira "habitação" na granja de Ereira, que dá pelo nome de casa do Torreão; esta era usada para recebimento de rendas e como moradia dos procuradores. Serviu depois como atelier de João de Ruão. Nenhuma outra habitação foi construída, ou pelo menos não está descrita nem se conhece a construção, até ao século XIX. Neste século muitas coisas mudaram. Devido a vários acontecimentos nacionais, entre eles as invasões francesas e a fuga da família real para o Brasil, ocorreu em 1820 a revolução liberal; embora o liberalismo definitivo só se tenha instaurado em 1834. Com esta revolução, eliminaram-se situações de privilégio e o monopólio de atividades económicas, libertando-se desta forma a terra e o comércio. Foram abolidas as ordens religiosas e houve nacionalização dos seus bens, aboliram-se, assim, os morgadios ou parte deles e suspenderam-se as dízimas. Foi nesta altura que o povo conseguiu adquirir pequenas parcelas de terreno que cultivava e onde construía as suas habitações."' DemografiaA população registada nos censos foi:[2]
Património
Referências
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