Eleições na Nigéria
Desde o advento da chamada Quarta República em 1999, as eleições na Nigéria costumam ocorrer periodicamente a cada 4 anos e destinam-se a escolher os membros do Poder Executivo e do Poder Legislativo a nível federal. Enquanto que nas eleições presidenciais são eleitos o presidente e o vice-presidente, nas eleições legislativas são eleitos a totalidade dos 109 senadores para o Senado da Nigéria, bem como a totalidade dos 360 deputados para a Câmara dos Representantes.[1] HistóricoA primeira eleição a nível nacional realizada no país ocorreu em 1954 quando a Nigéria ainda consistia em uma possessão colonial do Reino Unido, que à época passou a conferir um maior grau de autonomia política e administrativa à sua colônia, visando conter o avanço de movimentos nacionalistas internos que lutavam pela independência. Quando esta finalmente foi concedida e reconhecida pelos britânicos em 1960, período inaugural da Primeira República, o país inicialmente adotou o sistema de governo parlamentarista, no qual o primeiro-ministro era quem detinha os poderes de chefe de governo, restando ao presidente somente as atribuições de chefe de Estado.[2] No entanto, com a sucessão de golpes de Estado ocorridas no país a partir da década de 1960, o país alternou períodos de ditadura militar com breves períodos de democracia. A partir do golpe de Estado de 1966, a figura do primeiro-ministro foi suspensa até ser formalmente abolida com a promulgação da Constituição de 1979 durante o breve período de existência da Segunda República, concentrando-se os poderes de políticos nas mãos do presidente da República com a adoção do sistema de governo presidencialista. Tal sistema de governo encontra-se em vigor até os dias atuais.[2] Quarta República (1999–presente)Atualmente, a Nigéria adota o sistema político pluripartidário, havendo uma miríade de partidos políticos regularizados pela Comissão Nacional Eleitoral Independente (INEC) para disputar eleições. Entretanto, o que observa-se na prática são o domínio eleitoral de 2 partidos nas eleições majoritárias: o Congresso de Todos os Progressistas (APC), de centro-esquerda, e o Partido Democrático do Povo (PDP), de centro-direita. Eventualmente um terceiro partido obtém votações em níveis significativos, porém sem demonstrar capacidade de alterar a configuração desse sistema bipartidário informal.[1] Eleições presidenciais
Ligações externasReferências
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