Partido Democrático do Povo (Nigéria)
O Partido Democrático do Povo (em inglês: People's Democratic Party), também conhecido pelo acrônimo PDP, é um dos dois partidos políticos majoritários da Nigéria ao lado do Congresso de Todos os Progressistas (APC), embora tenha sido o partido hegemônico da Quarta República desde sua fundação em 1998 até a derrota para o APC nas eleições gerais de 2015. Atualmente, consiste na segunda força política do país, sendo o principal partido oposicionista ao atual governo de Muhammad Buhari.[1] Ideologia políticaQuestões econômicasO PDP é adepto do liberalismo econômico e defende políticas de livre mercado e Estado mínimo, alinhando-se mais à direita neste aspecto. Em 2003, o presidente Olusegun Obasanjo e o ministro das Finanças Ngozi Okonjo-Iweala lançaram uma série de reformas econômicas liberalizantes que focaram na redução dos gastos estatais por meio de políticas fiscais contracionistas, na desregulamentação de setores econômicos estratégicos e na massiva privatização de empresas estatais.[2] Por outro lado, o PDP adota uma postura mais à esquerda no que se refere à políticas de combate à pobreza e promoção do bem-estar social. Em 2005, ainda no mandato de Olusegun Obasanjo, foi lançado o Esquema Nacional de Seguro de Saúde da Nigéria (NHIS), uma espécie de plano de saúde público capaz de garantir o acesso de toda a população nigeriana à rede de serviços básicos de saúde por todo o país.[2] Além disso, o PDP defende a manutenção do status quo na distribuição das receitas do petróleo. Embora em mandatos presidenciais do partido, tenha ocorrido a fundação da Comissão de Desenvolvimento do Delta do Níger (NDDC) para atender às necessidades dos estados produtores de petróleo do Delta do Níger, o partido resistiu às pressões para reverter o acordo firmado ainda na Primeira República, em 1966, sobre a distribuição dos royalties entre os estados e o governo central, hoje divididas igualmente em 50%.[2] Questões sociaisNo que tange à pauta de costumes, o PDP defende pautas mais conservadoras, opondo-se fortemente ao casamento entre pessoas do mesmo sexo por questões de ordem religiosa e moral. Em 2007, inclusive, a Câmara dos Representantes aprovou uma lei que criminaliza relações homossexuais e prevê a condenação de seus infratores à 14 anos de detenção.[3] O partido é um defensor moderado do federalismo e da liberdade religiosa para os estados nigerianos. Em 2000, a introdução da Sharia em alguns estados do norte do país desencadeou violência sectária nos estados de Kaduna e Abia. O governo federal, liderado pelo PDP à época, recusou-se a ceder à pressão dos estados do sul, majoritariamente cristãos, para revogar as leis estaduais, defendendo apenas a limitação da abrangência das leis islâmicas somente aos estados majoritariamente muçulmanos.[4] Resultados eleitoraisEleições presidenciais
Eleições legislativas
Referências
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