As eleições municipais de Itapetininga em 2012 foram o 16º pleito eleitoral realizado na história do município. Ocorreram oficialmente em 7 de outubro de 2012, sendo disputadas em turno único, dado que Itapetininga por não ter 200 mil eleitores registrados e aptos ao voto, não atende ao critério eleitoral definido pelo inciso II do artigo nº 29 da Constituição Federal para a realização de um 2º turno caso nenhum dos candidatos a prefeito alcance maioria absoluta dos votos na eleição majoritária para o Poder Executivo. Neste caso, o(a) vencedor(a) é escolhido por maioria simples[1].
Segundo dados do IBGE, Itapetininga tinha 144,377 habitantes, dentre os quais 101,901 estavam aptos a votar para eleger 1 prefeito, 1 vice–prefeito e 19 vereadores em 2012[2].
Candidatos a Prefeito
Abaixo os candidatos deferidos pelo TSE para a disputa eleitoral[3]
Disputando o cargo pela 2ª vez consecutiva, Luis Di Fiori (PSDB) confirmou o favoritismo que as pesquisas eleitorais lhe conferiam e venceu a disputa com margem razoável de votos, conquistando 48,29% dos votos válidos contra 39,47% conquistados pelo seu adversário Ércio Giriboni (PV). A surpresa da eleição ficou com Vitor Oliveira (PSOL), que obteve 6,52% dos votos válidos, mais do que o triplo dos índices de intenção de voto que as pesquisas eleitorais previram, terminando a disputa na 3ª colocação e superando Mario Carneiro (PTB), que obteve apenas 5,72% dos votos válidos, numa clara evidência de sua rejeição junto ao eleitorado, que por sua vez, foi prevista anteriormente pelo IBOPE.
No sistema proporcional, pelo qual são eleitos os vereadores, o voto dado a um candidato é primeiro considerado para o partido ao qual ele é filiado. O total de votos de um partido é que define quantas cadeiras ele terá. Definidas as cadeiras, os candidatos mais votados do partido são chamados a ocupá-las[7]. Abaixo encontra-se a lista dos candidatos a vereador eleitos, reeleitos e os que ficaram como suplentes.
Tendo assumido oficialmente o mandato em 1º de janeiro de 2013, Luis Di Fiori foi o 1º prefeito eleito da história do município a falecer durante o exercício do mandato aos 66 anos, vítima de um câncer de pâncreas com o qual lutava há anos, em 12 de novembro de 2015[9]. Após a morte de Di Fiori, o presidente do diretório municipal do PSDB em Itapetininga, Jean Nunes afirmou que “Ele não fez acordos políticos, não permitia excessos fazendo na prefeitura contratos de serviços com o menor valor possível. A proposta do PSDB e do Di Fiori foi de governar com austeridade, otimizando o dinheiro público. Quanto a críticas da população, talvez Di Fiori não tenha tido tempo suficiente de fazer tudo, mas a população dará valor pelo que fez. Em três anos de mandato, foi uma administração sem irregularidades. O partido levará o legado do mandato dele à população”. Já Itamar Martins, vereador filiado ao PMDB e integrante do bloco de oposição ao Poder Executivo na Câmara Municipal, afirmou que “Comigo não teve essa de acordo. Ele não tinha relação nenhuma nem com os vereadores que o apoiavam. Nunca houve diálogo. Ele não sofria perseguição, até porque de 19 vereadores, 12 eram da base. Eu, como opositor, só o cobrava por aquilo que não achava certo na cidade. Pela saúde, que está um caos, e pela falta de vagas em creches. Coisas que afetam a população. Não era pessoal, uma inimizade. Se entendesse que o que ele estava fazendo era o certo, eu estaria do lado dele”[10].
Com isso, o vice-prefeito Hiram Jr. assumiu o cargo em 13 de dezembro de 2015, permancendo na chefia do Poder Executivo municipal até 31 de dezembro de 2016. Neste período, reverteu uma série de medidas impopulares tomadas pelo seu antecessor, já que o período em que exerceu o cargo de vice-prefeito foi marcado por atritos e uma relação de mútua desconfiança com Di Fiori que acabou por desgastar a popularidade da nova administração junto à população e fragilizar as relações institucionais com a Câmara Municipal[11]. Entretanto, com seu nome envolvido no escândalo de corrupção do SAS, organização social de saúde que administrou por vários anos o Hospital Regional de Itapetininga, único hospital público do Itapetininga, município, Hiram Jr. não conseguiu reeleger-se para o cargo nas eleições seguintes.