Dulce Quental
Ex-vocalista da banda Sempre Livre no início da década de 1980[1][2], em 1985 Dulce lança o primeiro disco solo, Délica, fundindo os estilos pop, jazz e bossa nova. BiografiaDulce Quental é uma artista musical, filha de Felippe Quental e Maria Helena Quental. Ao longo de sua trajetória musical Dulce conta com composições gravadas por diferentes artistas e tem parcerias com nomes como Roberto Frejat, George Israel, Paulinho Moska, Ana Carolina, Zélia Duncan, Toni Garrido, Celso Fonseca e Paulo Monarco, também é compositora de sucessos das bandas Barão Vermelho e Cidade Negra, e cantoras como Leila Pinheiro e Simone por exemplo.[3] Formada em Comunicação Social, colaborou com resenhas de livros para o Caderno Ideias do Jornal do Brasil e artigos para a Revista de Estudos Femininos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).[4] Falecido em 1964, o político e deputado federal San Tiago Dantas foi seu tio-avô, do qual a mãe do pai de Dulce era irmã; ainda jovem, Dulce ajudou a organizar os arquivos de correspondências e documentos que San Tiago havia deixado ao falecer.[4][5] Seu pai tinha uma enorme discoteca de vinis de jazz em casa, o que influenciou a formação musical de Dulce; seu primeiro instrumento foi um sax alto, e admirava o saxofonista Paul Desmond.[6] Gravou cinco discotecas: Avião de Combate (CBS-1984), Délica (EMI-1985), Voz Azul (EMI-1988), Dulce Quental (EMI-1989) e Beleza Roubada (Cafezinho Música / Sony Música - 1994).[4] Levada à fama no período auge do rock nacional brasileiro, Dulce gravou o primeiro disco em 1984, como vocalista da banda Sempre Livre. Em 1986, Dulce se lançava em experiência musical individual; com o álbum Délica, que trazia uma mistura pop e jazz, considerado um dos maiores sucessos da carreira.[6] Em 1987, lança Voz Azul, produzido por Herbert Vianna (que lhe presenteia com a música "Caleidoscópio").[4] Em 1988, o terceiro disco solo, em álbum intitulado com seu nome: Dulce Quental. Com composições de Arnaldo Antunes e Roberto Frejat ("Onde Mora o Amor"), Arrigo Barnabé ("Numa Praia do Brasil"), Itamar Assumpção ("Mulher Dividida"), Cazuza e George Israel ("Inocência do Prazer") e Humberto Gessinger ("Terra de Gigantes"). Como compositora, compôs para artistas como Nico Rezende, Leila Pinheiro, Capital Inicial, Daúde, entre outros.[6] Em 1990, é lançada a canção “O Poeta Está Vivo”, uma homenagem feita a Cazuza, da qual Dulce compôs os versos em parceria com Roberto Frejat. Ainda jovem, Dulce conhecera Cazuza no Baixo Leblon, ainda no início dos anos 80, formando com ele uma sólida amizade.[6] Um dos maiores sucessos musicais na voz de Dulce Quental foi a canção "A Inocência do Prazer", que teve sua letra feita por Cazuza, tendo sido inspirada no fim de uma romance que Dulce teve com uma pessoa ligada a Cazuza. Ainda com Cazuza, Dulce interpretaria com ele em dueto a música "Tudo é Mais", composta por Aldo Meolla e gravada no primeiro disco de Dulce, o Délica.[6] Em 2004, depois de quinze anos longe dos palcos e sem gravar discos, a cantora lança o CD Beleza Roubada, elogiado pela crítica. No ano de 2012 reúne num livro as “Caleidoscópicas”, com mais de quarenta crônicas escritas para o site paulista Scream & Yell e que depois tornaria-se uma coluna no portal iG.[4] Também publicou o romance "Memória Inventada". Tudo feito de forma independente.[6] O quinto disco de carreira, Música e Maresia, saiu em LP, em 2016, e registra suas gravações realizadas entre 1991 e 1994, período em que Quental não lançou disco, mas que mesmo assim apareceu como a compositora; no mesmo ano virou especial de TV e retrospectiva da carreira, a partir de show gravado pelo Canal Brasil em São Paulo em junho.[4][6][7] Intitulada “Sob o Signo do Amor”, a obra foi lançada em março de 2022 nas plataformas musicais por meio do seu próprio selo, Cafezinho Edições. Buscando distanciamento da sua obra das décadas 1980 e 1990, Dulce estruturou este seu novo trabalho numa praia de Angra dos Reis, durante a Pandemia de COVID-19. Dulce dividiu a produção do álbum com os irmãos Jonas e Pedro Sá, autores de obras musicais dentro da nova geração da música brasileira. O disco contou também com a participação de nomes como Jaques Morelenbaum (na canção "Vagalumes Fugidios"), Zé Manoel (na canção "A Arte Não é Uma Jovem Mulher"), entre outros.[3][8] Dulce Quental participou da V Jornada Internacional de mulheres escritoras, do I Congresso Nacional de Literatura e Gênero, e do Seminário de encerramento do Pacto Nacional pela Educação na Idade Certa.[4] Discografia
VídeosReferências
Ligações externas |