Indivíduos desta espécie possuem as asas longas e estreitas, com pouco mais de 80 milímetros de envergadura[4], e são de coloração laranja[7] ou amarelo escuro[8], vistos dorsalmente (por cima), com uma faixa amarronzada, mais ou menos pronunciada[9], cruzando a parte superior das asas anteriores e outra bem menor, formando um triângulo agudo, logo acima.[7] Apresentam leve dimorfismo sexual, com as fêmeas menores e mais escuras que os machos.[10][11] Vistos ventralmente (por baixo), apresentam padrão de folha seca, com ou sem manchas.[12]
D. iulia, em repouso.
Uma das características de D. iulia é a sua envergadura.
Os ovos de Dryas iulia são colocados em plantas do gênero Passiflora (Maracujá) e são de coloração amarela a laranja-opaca. As suas larvas ou lagartas passam por cinco estágios.[5]Dryas iulia apresenta um dos padrões de coloração mais complexos e variáveis dentre as larvas de primeiro instar em Heliconiinae (BEEBE et al., 1960). A cápsula cefálica é marrom-amarelada, restante do corpo um pouco mais claro. Conteúdo intestinal, visível por transparência após a alimentação, gerando uma faixa marrom-esverdeada. Manchas brancas e faixas marrom escuras distribuídas pelo tórax e abdome. Cerdas da cápsula cefálica marrom-escuras na base e ápice translúcido. Cerdas do tórax e abdome pretas, com a base marrom-escura e porção terminal hialina.[5]. Em seu último estágio larvar, são de coloração predominantemente branca a creme, com listras negras, manchas avermelhadas na lateral, e com projeções espinescentes sobre a superfície.[16] Segundo Otero, elas são agressivas e canibais.[13] A crisálida não é uniforme em sua coloração, constituída por diversas tonalidades de marrom e cinza.[5] O ovo de Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779) apresenta coloração amarela a laranja-opaca, com manchas marrons, próximo à eclosão. Subcilíndrico achatado na porção apical, a base pode ser mais afilada que o ápice. Dimensões (média ± erro padrão, n =10): 1,190 ± 0,018 mm e 0,873 ± 0,012 mm para altura e diâmetro, respectivamente. BEEBE et al. (1960) e BROWN (1981); Paim; Kaminski & Moreira (2004).
Algumas subespécies de D. iulia possuem espécimes sem ou quase sem manchas escuras sobre as asas, como o da foto.
Diferenciação entre espécies
As borboletas Dryas iulia podem facilmente ser confundidas com a espécie Dione juno[17], da mesma subfamília, diferindo por sua maior envergadura, pelo padrão de manchas escuras das asas anteriores e por não apresentar as manchas em prata que esta última espécie apresenta, em baixo. Também podem ser confundidas com Eueides aliphera, sendo esta última menor e apresentando asas anteriores mais arredondadas, ou com Marpesia petreus, em voo.
Referências
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