Dimetrodon
Dimetrodon (que significa "duas medidas de dentes") era um gênero de predadores sinápsideos (um grupo de animais que inclui mamíferos e certos parentes extintos) que floresceu durante o período Permiano, vivendo há entre 280 e 265 milhões de anos. Foi mais estritamente relacionada aos mamíferos do que aos répteis, como os lagartos.[1] O Dimetrodon não era um dinossauro, apesar de ser popularmente agrupado com eles. Pelo contrário, é classificada como um sinapsídeo, assim como os mamíferos. Fósseis de Dimetrodon foram encontrados na América do Norte e Europa, bem como uma importante descoberta de pegadas de Dimetrodon no sul do Novo México, por Jerry MacDonald. O nome "Dimetrodon" remete à sua peculiaridade e reafirma sua ligação com os mamíferos modernos. De fato os lagartos possuem pouca diferenciação na sua dentição, sendo que seus dentes variam mesmo no tamanho e no volume. Já o Dimetrodon possui dentes de dois tamanhos diferentes, especializados, um tipo para dilacerar e outro para moer, característica compartilhada com os mamíferos. Outro fato que salta aos olhos é a posição dos seus membros, nota-se pela imagem que o Dimetrodon já deixava sua postura reptiliana (com membros embaixo do corpo) para adotar uma postura reconhecidamente mamífera (com os membros dos lados do corpo). Mas talvez a maior ligação entre esse sinapsídeo e os mamíferos modernos esteja ligada com essa estranha vela em suas costas. Répteis são pecilotermos ("temperatura de peixe") e seu calor corporal depende de sua exposição ao meio ambiente: Ambientes frios tendem a deixar o réptil mais inativo e letárgico. Ambientes quentes aumentam a temperatura do corpo do animal e o deixam mais ativo. Nos répteis a temperatura do corpo do animal depende de sua exposição ao sol. O Dimetrodon possuía essa vela, que agilizava o processo: perpendicularmente aos raios do sol, o animal absorvia muito mais calor e estaria em atividade na metade do tempo dos demais predadores - obedecendo a regra de que "o pássaro madrugador captura a minhoca" - enquanto os demais ainda estariam ao sol. Em paralelo aos feixes de luz, essa mesma vela serviria como um radiador, eliminando o excesso de calor do corpo do animal.[2] Dessa forma o Dimetrodon conseguia manipular a temperatura do seu corpo e esta já não dependia tanto de fatores estritamente ambientais. Essa capacidade de estabelecer e manter (mesmo que com limitações) a temperatura interna de seu corpo é o princípio da homeotermia, onde a temperatura do corpo não varia ou varia pouco. E essa característica está presente apenas em certos arcossauros (incluindo as aves) e nos mamíferos. Daí esta tendência a aproximar o Dimetrodon aos mamíferos modernos e, de fato, segundo pesquisas arqueológicas apresentadas nos documentários mais conhecidos, este animal seria o protótipo e parente dos ancestrais de todos os mamíferos modernos, o braço que deu origem aos mamíferos atuais, ou pelo menos aos homeotermos em geral. Espécies
Referências
|