Llewellyn Ivor Price
Llewellyn Ivor Price (Santa Maria, 9 de outubro de 1905 — Rio de Janeiro, 9 de junho de 1980[1]) foi um dos primeiros paleontológos brasileiros. BiografiaLlewellyn nasceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 1905. Seus pais eram missionários metodistas provenientes dos Estados Unidos. A família viveu em Santa Maria até 1916 quando voltaram para os Estados Unidos, onde Llewellyn estudou geologia na Universidade de Oklahoma.[2] CarreiraEm 1930, começou a carreira na mesma universidade, quando ingressou como assistente da cátedra de paleontologia. Durante a pós-graduação, foi orientado pelo renomado paleontólogo de vertebrados, Alfred Sherwood Romer (1894-1973).[2] Os dois colaboraram em diversos artigos científicos e juntos começaram a trabalhar na Universidade de Chicago, em 1932 e depois na Universidade Harvard, em 1934, onde trabalharam com zoologia comparada.[2] Llewellyn foi pesquisador assistente em Harvard até 1944, além de ser pesquisador associado do Instituto Carnegie entre 1940 e 1942.[2][3] Llewellyn este brevemente de volta ao Brasil entre 1936 e 1937 chefiando uma expedição paleontológica de Harvard, momento em que foi convidado pelo então diretor da Diretoria de Geologia e Recursos Minerais para fomentar e desenvolver pesquisas na área de paleontologia de vertebrados. Estes estudos tiveram início no Brasil após grande incentivo financeiro de instituições norte-americanas a partir de 1940. Assim, em 1944, ele foi convidado a fazer parte do quadro de paleontólogos do Departamento Nacional de Produção Mineral.[2][3] Na área de paleontologia e estratigrafia, publicou mais de 50 trabalhos no Brasil até sua aposentadoria, aos 70 anos. Llewellyn era um exímio ilustrador, o que o levou a criar detalhadas e ricas ilustrações científicas, publicadas principalmente em seus artigos. Participou ativamente da criação da Sociedade Brasileira de Paleontologia, em 1957, junto de outros pioneiros.[2][3] Foi o paleontólogo que coletou o Estauricossauro, o primeiro dinossauro encontrado no território brasileiro.[2] Trabalhou para a criação de criação de laboratórios de pesquisa, treinamento de pessoas e ampliação de bibliotecas. Estudou répteis, anfíbios, mamíferos, peixes e entre seus maiores achados estão o Peirosaurus torminni e do Baurusuchus pachecoi, duas espécies de crocodilomorfos do cretáceo (período da era Mesozoica, compreendido entre 145 milhões e e 65 milhões de anos atrás). Essa descoberta incentivou a criação de linhas de pesquisa para o estudo de registros pré-históricos do animal, marcando um grande passo para a história da paleontologia no Brasil.[3] A coleção de vertebrados estudada pelo cientista está no acervo da DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), em Brasília. Nas expedições paleontológicas ocorridas na Rio Grande do Sul, nas décadas de 1940 e 1950, se hospedava no Colégio Centenário.[2][3] Centro de Pesquisas PaleontológicasNa década de 1940, foi o primeiro paleontólogo a estudar a região e Peirópolis, em Uberaba, Minas Gerais, onde permaneceu por mais de 20 anos. Tanta dedicação rendeu uma bela homenagem: o Centro de Pesquisas Paleontológicas de Peirópolis, inaugurado na década de 1990, recebeu o nome de Llewellyn Ivor Price e é hoje uma referência no país.[4] MorteLlewellyn morreu em 9 de junho de 1980, na cidade do Rio de Janeiro, aos 75 anos, vítima de um ataque cardíaco. Foi casado com Maria da Glória Tavares Price, que também era bibliotecária do DNPM e o ajudava em suas pesquisas.[2][3] Ligações externasReferências
|