Dicionário de erudição histórico-eclesiástica
O Dicionário de erudição histórico-eclesiástica desde São Pedro até os dias atuais é o trabalho mais importante escrito pelo Chevalier Gaetano Moroni, bibliófilo, erudito e Auxiliar de Câmara dos Papas Gregório XVI e Pio IX. HistóriaImpresso em Veneza na Tipografia Emiliana, compõe-se de 103 volumes, publicados entre 1840 e 1861 e aos quais foram adicionados 6 volumes de índices, divulgados entre 1878 e 1879, que também constituem uma atualização dos itens anteriormente tratados. Inicialmente eram previstos somente 30 volumes, eles foram projetados para finalmente chegar a 60 e, finalmente, aos 103 volumes. Moroni concluiu o mesmo no último volume de índices:
Além de assuntos religiosos intimamente relacionados com a história da Igreja Católica, registrados em ordem alfabética nos diversos volumes, constam também numerosas monografias não somente dos papas e sacerdotes, mas também de figuras históricas. Grande atenção aos artigos relativos às distribuições dos antigos Estados italianos, sobre os tratados internacionais e descrições geográficas de cidades e nações de todo o mundo. Muitas vezes, é claro envolvimento do autor nos problemas descritos, que, infelizmente, limita a objetividade do dicionário, por outro lado são mencionados fatos, eventos menores e referências que de outra forma seriam difíceis de encontrar. Em outros casos entretanto os conflitos históricos apresentam certa relevância, vezes sim, vezes não, como no caso do verbete Cardeal-sobrinho, quando no vol V, p. 5, do Dizionario di erudizione storico-ecclesiastica da S. Pietro sino ai nostri giorni, ele afirma que papa Jacques Fournier, era filho de Guillaume e da irmã de João XXII, mas, em se confrontando tal informação com a genealogia de João XXII (p. 4), resulta, possivelmente, de um equívoco do autor.[1] Ou como no caso do cardeal Amadeu d'Albret (1478-1520), sobrinho de outro cardeal, Louis d'Albret e irmão-de-lei de ainda outro cardeal César Bórgia, filho de Alexandre VI; eenquanto que Alfonso Chacón, [2]diz que ele morreu em 04 de dezembro, Conrado Eubel,[3] o Anuário Pontifício, [4] Charles Berton, [5] e Moroni, [6] afirmam que ele morreu em 02 de setembro. Dissertando sobre o tema e mais propriamente em relação ao verbete Antipapa", Leandro Duarte Rust, Doutor em História Social (UFF) - Professor do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História, Pesquisador-fundador do Vivarium: Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo (UFMT) - Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de História, em seu trabalho: O heroísmo ao avesso: os "antipapas" e a memória historiográfica da política papal (1040-1130), do original: "Reverse heroism: the "antipopes" and the historiographical memory of papal policy (1040-1130)", diz o seguinte:
Moroni reuniu neste extenso trabalho um conjunto de informações precisas, impares e, de outras vezes, de singular preciosadidade para a tessitura histórica da Igreja Católia. Ele, a exemplo de Conrado Eubel, em seu Hierarchia Catholica Medii Aevi; Charles Berton em seus Dictionnaire des Cardinaux; Alfonso Chacón, no Vitæ, et res gestæ Pontificvm Romanorum et SRE Cardinalivm; Piero Guelfi Cajamani, com o Dizionario araldico, etc, legaram à posteridade em suas letras todo o histórico passado eclasiástico. Volumes
Índice elaborado pelo autor
Ver tambémBibliografia
Referências
|
Portal di Ensiklopedia Dunia