Decadência (minissérie)
Decadência é uma minissérie brasileira produzida pela TV Globo e exibida de 5 de setembro a 22 de setembro de 1995, em 12 capítulos.[1] Escrita por Dias Gomes, é livremente inspirada no romance homônimo do próprio autor, e contou com a direção geral e núcleo de Roberto Farias e Ignácio Coqueiro. Contou nos papéis principais com Edson Celulari, Adriana Esteves, Zezé Polessa, Stênio Garcia e Ariclê Perez.[1] TramaA minissérie mostra a decadência de uma conservadora e outrora poderosa família carioca, os Tavares Branco, no período que vai de 1984 a 1992. Passando pela morte de Tancredo Neves à eleição e queda do presidente Fernando Collor, os Tavares Branco vão falindo e deixando transparecer seus problemas morais e financeiros. A trama começa em 1970, com o jurista Tavares Branco aceitando o pedido de um padre para criar um menino órfão, Mariel, que fica sob os cuidados da criada Jandira. Mariel cresce e se torna motorista da família, mas acaba por se envolver com Carla, a caçula da casa, e é expulso da mansão, acusado de estupro. O tempo passa e Mariel reencontra Jandira, que sempre nutriu um amor pelo ex-motorista. Ela o leva a um culto numa igreja neopentecostal, e Mariel encontra na igreja a salvação para seus problemas. Cinco anos mais tarde, ele se torna milionário após fundar sua própria igreja, o Templo da Divina Chama, enquanto seus antigos patrões empobrecem. Mas os mesmos sentimentos do passado continuam a ligar a nova vida de Mariel ao universo dos Tavares Branco: a paixão por Carla e o desejo de vingança. Apesar de se amarem, Mariel e Carla tem ideais de vida diferentes: ele pretende crescer cada vez mais com suas igrejas, e ela, bastante politizada, eleitora do PT, não concorda com seu jeito pouco ético de agir. Elenco
RepercussãoDecadência causou uma grande polêmica com as pregações religiosas de Mariel, personagem de Edson Celulari, que chegou a citar frases ditas pelo líder espiritual da Igreja Universal do Reino de Deus, o bispo Edir Macedo.[2] A minissérie provocou a revolta do líder espiritual. Na época de sua exibição, em setembro de 1995, a TV Globo estava em "guerra" com a Igreja, tendo exibido várias reportagens contra o líder da igreja semanas antes da estreia da minissérie. As cenas fortes da minissérie foram consideradas como uma provocação e uma blasfémia à fé evangélica. Em um episódio da minissérie, em uma cena de sexo, foi jogado um sutiã em cima da Bíblia Sagrada.[3] Mediante tudo o que foi apresentado, a Igreja Universal do Reino de Deus entrou com um processo contra a TV Globo [4] e contra o autor Dias Gomes, alegando danos morais e materiais.[5] ExibiçãoOutras MídiasFoi disponibilizada na íntegra no Globoplay, através do Projeto Resgate, em 13 de maio de 2024.[6] Referências
Ligações externas
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