Reconquistou os territórios que o seu pai perdera para o Palatinado e seus aliados. Cristóvão manobrou para manter estes territórios unidos sob o seu filho e sucessor Filipe I, mas muitos dos seus esforços foram frustrados por Luís XII de França. Em 1479, a sede do Margraviato de Baden foi transferida do Castelo de Hohenbaden para o Neues Schloss[2], em Baden-Baden que ele mandara construir.
Em 1489 Cristóvão tornou-se membro da Liga da Suábia. Isto fazia parte dos seus esforços para uma coexistência pacífica com os estados vizinhos, em particular com o Ducado de Vurtemberga e com as cidades de Weil, a leste, e Estrasburgo, a oeste. Cristóvão aproveitou o período de pacificação no sudoeste alemão, para implementar o desenvolvimento interno dos seus domínios.
A lei de de produção vinícola do Margrave Cristóvão, de 1495, foi um importante passo para melhorar a qualidade dos vinhos produzidos em Baden.[3] A consorte de Cristóvão, Otília, pertencia a uma conhecida família de produtores vinícolas em Kraichgau, os Condes de Katzenelnbogen.
As diferentes linhas da Casa de Baden mantinham contactos para a reunificação de todo o património familiar, e Cristovão deu continuidade às negociações com Filipe de Hachberg-Sausenberg, da antiga linha de Baden-Hashberg. Finalmente, a 31 de Agosto de 1490, foi estabelecido um tratado de herança recíproca, conhecido como "Acordo de Rötteln".[4] O objetivo era o casamento do filho de Cristóvão I, Filipe I, com a herdeira de Filipe de Hachberg-Sausenberg, Joana de Hochberg, casamento que não se veio a realizar dadas as pressões políticas do rei de França.[5].
Contudo, em 1503, Cristóvão acabou por conseguir unir todos os territórios de Baden quando Filipe de Hachberg-Sausenberg, morreu sem herdeiro masculino, o que permitiu a reunificação de todo o Baden.
Cristóvão pretendia evitar que, quando morresse, os seus estados fossem novamente repartidos entre os filhos varões, um hábito na Alemanha medieval e renascentista. Ele achava que o seu filho Filipe, embora não sendo o mais velho, era o mais apto devendo, por isso, suceder-lhe. Mas a forte oposição dos seus outros dois varões, Bernardo e Ernesto, inviabilizaram a ideia. Assim, em 1515, antes da sua morte, Cristóvão entregou o Margraviato aos seus três filhos, que o governaram conjuntamente até à morte do pai.
Filipe morreu sem geração e o seu domínio passou para os seus irmãos Bernardo e Ernesto que formalizaram a divisão do país. Assim:
Bernardo fundou a linha Bernardina, católica, que reinou em Baden-Baden e se extinguiu em 1771; e
Ernesto fundou a linha Ernestina, luterana, que reinou em Baden-Durlach e perdurou até hoje.
Ernesto (Ernst) (1482-1553), Margrave de Baden-Durlach;
Wolfgang (Wolfgang) (1484-1522);
Sibília (Sibylle) (1485-1518), casou em 1505 com Filipe III, Conde de Hanau-Lichtenberg;
Rosina (Rosine) (1487-1554), casou em primeiras núpcias com Francisco Wolfgang, Conde de Hohenzollern e, em segundas núpcias com João von und zu Wachendorf;
Cristovão faleceu em 19 de abril de 1527, em Baden-Baden, sendo sepultado na Stiftskirche, dessa cidade.
Representações e retratos
O pintor Hans Baldung criou várias representações do príncipe[7].
Por volta de 1490, foi executado um magnífico manuscrito, designado "Durlach 1", guardado na Biblioteca Estatal de Baden (em alemão: Badische Landesbibliothek), feito numa oficina de Paris e incluído no Livro das Horas do Margrave Cristóvão I de Baden[8].
Várias moedas mostram também a aparência de Cristóvão, para além de um painel de vidro doado ao mosteiro agostiniano, em Zurique em 1519. Existe ainda outro painel de vidro que pertence à coleção do duque de Vurtemberga, localizada em Altshausen.
desenho por Hans Baldung, de Cristóvão I.
Livro de Horas do margrave.
Gravura de Cristóvão I
Vitral com Cristóvão I ajoelhado perante Cristo
Quadro de Cristóvão I, por Philipp Heinrich Kisling (Séc. XVIII).
Cristóvão I, perante S. Cristóvão e Sta. Otília (Livro de Horas).
↑"... A Casa de Baden, que detém o título de margrave desde 1112, está intimamente associada com o desenvolvimento vinícola de qualidade em Baden. Em 1495, os margraves promulgaram as primeiras leis vinícolas. No século XVIII, ele adoptaram o cultivo único da variedade Riesling e introduziram uvas Chasselas no distrito meridional de Baden de Markgräflerland. Similarmente, em 1923 uvas da variedade Müller-Thurgau foi inicialmente cultivada no Lago Constança, nas propriedades da família. O castelo Salem no lago Constança é a residência ancestral Casa de Baden e a sede da empresa vinícola. A propriedade é património pessoa dos margraves de Baden e a sua área cultivava é de 135 hectares, o que a faz a maior propriedade vinícola privada da Alemanha. É também um membro da associação alemã Prädikat Wine Estates (VDP)...."
↑Johannes Staub: Der Erbvertrag zwischen Markgraf Christoph I. von Baden und Markgraf Philipp von Hachberg vom 31. Aug. 1490, em: Das Markgräflerland, 1.ª edição/1991, Schopfheim, 1991
↑Karl Seith: Die Burg Rötteln im Wandel ihrer Herrengeschlechter, Ein Beitrag zur Geschichte und Baugeschichte der Burg, special edition published by Röttelbund e.V. in Haagen, place and year unknown, pág. 28
Anthony Stokvis, Manuel d'histoire, de généalogie et de chronologie de tous les États du globe,depuis les temps les plus reculés jusqu'à nos jours, préf. H. F. Wijnman, Israël, 1966, chapitre VIII. « Généalogie de la Maison de Bade, II. » tableau généalogique n° 105;
Jiří Louda & Michael Maclagan, Les Dynasties d'Europe, Bordas, Paris 1981, ISBN 2040128735 « Bade Aperçu général », quadro 106 & pág. 210.