Cortes de Lisboa de 1323As Cortes de Lisboa de 1323 foram convocadas pelo rei D. Dinis, com a presença do Clero, Nobreza e Povo, para tratar de assuntos de justiça e das pretensões do príncipe herdeiro D. Afonso.[1] HistóriaDescontente com o favoritismo demonstrado por D. Dinis ao seu filho bastardo D. Afonso Sanches, o infante legítimo D. Afonso reclamou a convocação de Cortes, com as quais contava para lhe aumentarem o seu poder. D. Dinis aceitou o recurso proposto pelo seu filho e deu ordens para que os três estados - Clero, Nobreza e Povo - se reunissem em Lisboa, no mês de Outubro desse ano de 1323. No entanto, essa convocação de Cortes, em que deveriam pronunciar-se sobre as exigências do príncipe herdeiro, teria como objecto outros assuntos bem mais importantes para o monarca, o que decerto havia contribuído para a sua pronta aquiescência. A assembleia tratou, sucessivamente dos seguintes assuntos de interesse público:
Só depois vieram à discussão os interesses pessoais do príncipe D. Afonso. Tal era o conhecimento das razões alegadas, que o filho de D. Dinis não teve coragem para ir defendê-las. Expostas pelo rei as circunstâncias em que eram formuladas as exigências do príncipe, as cortes recusaram deferi-las, e os representantes nacionais, num gesto de patriotismo, puseram à disposição de el-rei tudo quanto fosse necessário, incluindo vidas e haveres, para castigo dos que ousassem perturbar a ordem geral. Logo que soube do que se passava, D. Afonso partiu de Lisboa para Santarém, onde convocou todos os elementos que lhe eram afectos para marchar sobre a capital e assenhorear-se do trono. O resultado foi a batalha de Alvalade, que acabou por não ocorrer por intervenção da Rainha Santa Isabel.[2] Ver tambémReferênciasLigações externas |
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