Constantino II Nota: Para outros significados, veja Constantino II (desambiguação).
Constantino II[1] (Arelate, 7 de agosto de 316 – Aquileia, abril de 340) foi imperador romano de 337 até sua morte. Coimperador ao lado de seus irmãos, o seu curto reinado viu o início de conflitos surgirem entre os filhos de Constantino, e sua tentativa de exercer os seus direitos percebidos de primogenitura acabou causando sua morte, em uma tentativa fracassada de invadir a península Itálica em 340. BiografiaFlávio Cláudio Constantino nasceu em Arles, em fevereiro de 316.[2] Filho mais velho de Constantino I e Fausta,[3] após a morte de seu meio-irmão Crispo, foi educado como cristão. Em 1 de março de 316, Constantino foi nomeado césar,[4] e, com sete anos de idade, em 323, participou da campanha do pai contra os sármatas.[5] Depois da morte de Crispo, com apenas dez anos de idade, tornou-se comandante da Gália. Uma inscrição datando de 330 registra o título de "Alamânico" (em latim: Alamannicus),[5] assim é provável que seus generais tenham ganho uma batalha contra os alamanos. Sua carreira militar continuou quando Constantino I o nomeou comandante da campanha de 332 contra os godos. Em seguida à morte de seu pai, em 337, Constantino II tornou-se imperador juntamente com seus irmãos Constâncio II e Constante I,[6] com o império dividido entre os três e seus primos, os césares Dalmácio e Hanibaliano. Este arranjo perdurou por pouquíssimo tempo, pois os filhos de Constantino rapidamente conseguiram que o exército assassinasse o resto da família[7]. Logo depois, os três irmãos se encontraram na Panônia[5] e decidiram, em 9 de setembro de 337[1][7], dividir o mundo romano entre si. Constantino II, proclamado augusto pelas tropas[1], recebeu a Gália, Britânia e Hispânia[8]. Ele foi envolvido na luta entre diferentes correntes do cristianismo.[5] A porção ocidental do império, influenciada pelo papa em Roma, se inclinou pela ortodoxia doutrinária cristã contra o arianismo. Influenciado pela facção ocidental, Constantino libertou Atanásio de Alexandria e o autorizou a retornar a sé de Alexandria.[9] Esta ação o indispôs com Constâncio II, que era adepto do arianismo. A princípio, Constantino era o guardião de seu irmão menor, Constante, cuja porção do império era a prefeitura pretoriana da Itália e África.[10] Contudo, rapidamente ele reclamou que, sendo o filho mais velho, não teria recebido o território que lhe era devido.[7] Incomodado pelo fato de Constante ter recebido a Trácia e a Macedônia depois da morte de Dalmácio, Constantino exigiu que Constante lhe entregasse as províncias africanas, o que o jovem imperador concordou fazer para manter uma já bastante frágil paz[7][11]. Logo, porém, os dois começaram a discutir sobre que partes das províncias africanas pertenciam a Cartago e, portanto, a Constantino, e quais pertenciam à Itália, que era propriedade de Constante.[10] A situação se complicou quando Constante atingiu a maioridade e Constantino, acostumado a dominar o irmão caçula, se recusou a abandonar seu cargo de guardião. Em 340, Constantino invadiu a Itália à frente de seu exército[11] e Constante, que estava na Dácia, separou um conjunto de sua melhores tropas ilíricas para contra-atacar e afirmou que marcharia em seguida, em pessoa, com o resto de suas forças[7]. Constantino, que estava envolvido diretamente nas operações militares[8], acabou morto numa emboscada nas redondezas de Aquileia[11], deixando seu reino à mercê de seu irmão. Referências
BibliografiaFontes primárias
Fontes secundárias
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