Cidália Moreira
Cidália do Carmo Moreira (Olhão, 11 de outubro de 1944)[1] é uma actriz e fadista portuguesa, também conhecida como "a fadista cigana" ou "a cigana do fado". BiografiaNascida no dia 11 de Outubro de 1944 em Olhão. [2] Desde cedo assumiu a sua paixão pelo canto e pela dança e demonstrava-o nas festas da sua escola, onde sobressaía.[3] Com 7 anos de idade torna-se vocalista de um conjunto de animação de bailes, no qual se mantém até ao 14 anos. A sua família, ligada intimamente ao flamenco, nunca lhe negou o fado, e era nas patuscadas a que o pai, primo direito de Casimiro Ramos, a levava, onde cantava para mais público. [4][5] Já em 1973, ano de alguma agitação, parte para Lisboa e é no restaurante Viela, na Rua das Taipas, que se estreia profissionalmente. Integrou o elenco da casa dessa época, que contava com Beatriz Ferreira, Beatriz da Conceição e Berta Cardoso. Cidália sobressaía pela garra e envolvência a cantar, e também pela dramatização. Morena e com cabelos muito compridos, não tardou a que a apelidassem de "A Cigana do Fado". [4] [5] Já nesse tempo, inicia uma produção discográfica intensa, gravando vários discos EP e LP. Empreende-se então, a convite de várias intituições estrangeiras, em digressões que a levaram a França, Espanha, África do Sul, EUA e Canadá. Teve também êxito no Brasil, onde permaneceu quatro anos. [2] A cantora foi companheira de Professor Karma.[1] É posteriormente convidada para representar no teatro de revista, destacando-se em revistas como Cá Vamos Cantando e Rindo, Ora Bolas P'ró Pagode e Força, Força Camarada Zé. No teatro ABC, canta, numa dessas revistas, um dos seus maiores êxitos, Lisboa meu amor, que nunca chegou a ser gravado em disco. Fado errado também foi um dos seus grandes êxitos. [6] Em 2021, regressou ao Teatro Maria Vitória na revista "Vamos ao Parque".[7] Em 2023, numa cerimónia realizada após a revista Parabéns, Parque Mayer, recebeu uma placa de agradecimento da Câmara Municipal de Lisboa.[8] ReconhecimentoFoi uma das 50 figuras do fado e da guitarra portuguesa homenageadas, em 2012, aquando da celebração do primeiro aniversário do fado enquanto Património Imaterial da Humanidade, tendo nessa altura recebido a Medalha Municipal de Mérito (Grau Ouro), da cidade de Lisboa. [9][10] AlcunhaEm 2024, no programa Casa Feliz, da SIC, porque é que tinha a alcunha de "cigana do fado", Cidália Moreira respondeuː "Às vezes (...) nem sei porquê. Uns dizem que era, uns dizem que não era... E eu sempre me intitulei como filha de uma senhora cigana. (...) E como tenho tendência para a "ciganice" (...) eu acredito que sim; eu não conheci a minha mãe, não posso jurar nada."[11] Referências
Ligações Externas |
Portal di Ensiklopedia Dunia