Em maio de 2021, o chefe de gabinete Ron Klain sugeriu que a Administração Biden estaria "antecipando a eleição geral" contra Donald Trump, seu antecessor no cargo e cuja presidência durou de 2017 a 2020, quando foi derrotado nas eleições presidenciais daquele ano.[10][11] Para Klain, Trump seria então um presumível adversário de Biden nas eleições seguintes.[11] Em novembro do mesmo ano, diante de uma série de resultados medianos em pesquisas de intenção de votos, a Casa Branca reiterou a intenção de Biden de concorrer a uma reeleição, seguindo uma forte tradição presidencial norte-americana.[12][13] Em março de 2022, Biden afirmou que "teria sorte se tivesse 'aquele homem' concorrendo contra mim" em uma referência direta às especulações sobre uma possível candidatura de Trump.[14][15]
Inicialmente, Biden insistiu que permaneceria como candidato apesar dos apelos para desistir. Em 21 de julho de 2024, Joe Biden encerrou sua campanha de reeleição e endossou Kamala Harris.[16]
A campanha presidencial de Biden em 2024 é sua quarta candidatura a Presidente dos Estados Unidos, sendo a primeira em que ele é incumbente no cargo buscando uma reeleição.[6] A primeira campanha de Biden ocorreu em nas primárias do Partido Democrata de 1988, quando foi considerado um dos principais candidatos.[6][17] No entanto, jornais revelaram uma tentativa de plágio por parte de Biden nos registros escolares e discursos, um escândalo que acarretou em sua desistência da disputa eleitoral em setembro de 1987.[18][19]
A terceira campanha presidencial de Biden foi lançada em 25 de abril de 2019 através de um vídeo divulgado nas redes sociais oficiais do candidato.[31] Ao longo de sua campanha eleitoral à Casa Branca, Biden focou seu discurso em reunificar as diversas esferas da sociedade estadunidense mediante à crescente polarização política, retirar tropas estadunidenses do Afeganistão e promover um maior apoio do Governo Federal aos cidadãos de baixa renda, entre outras medidas.[32][33][34] Com mais de 80 milhões de votos, Biden venceu Trump na eleição presidencial de 2020, tornando-se o candidato a receber maior quantidade de votos em toda a história presidencial estadunidense.[35][36] Segundo o jornal Politico, Biden havia recusado qualquer proposta de concorrer apenas ao primeiro mandato e desistir de uma eventual reeleição.[7][37]
No dia do anúncio de sua campanha à reeleição, uma pesquisa realizada pelo programa televisivo jornalístico PBS NewsHour em parceria com a National Public Radio e agência de pesquisas Marist Poll relevou que a taxa de aprovação de Biden era de 41% enquanto a taxa de desaprovação era de 50%.[38] Uma pesquisa realizada pelo programa CBS News no mesmo período também concluiu o resultado de 41% para as taxas de aprovação do governo Biden enquanto a Vice-presidente Kamala Harris possuía taxa de aprovação de 43%. Segundo esta pesquisa realizada pela CBS, cerca de 72% do eleitorado consultado considerava que o país estaria "fora de controle" e que grande parte dos que sustentavam esta visão responsabilizam Biden pelo quadro político-econômico dos Estados Unidos.[39]
Desde o início de seu mandato presidencial em 2021, Biden enfrentou críticas de líderes da oposição relativas à sua condição de saúde física e mental e habilidade para assumir os encargos do cargo de Presidente.[40][41] Em meados de 2024, membros do Partido Democrata passaram a endossar um forte clamor público para que Biden desistisse de sua campanha presidencial alegando principalmente preocupações sobre sua idade e saúde, seu baixo desempenho nas pesquisas eleitorais e suas taxas de aprovação historicamente baixas.[42] Em eventos de sua campanha presidencial em 2020, Biden descreveu-se como "um candidato ponte", criando uma imagem subjetiva de que não disputaria uma reeleição.[43] À data de sua posse presidencial em 20 de janeiro de 2021, Biden tornou-se o indivíduo mais idoso a assumir o governo norte-americano.[44] Os jornalistas políticos James Carville e Ezra Klein foram alguns dos primeiros apoiadores de Biden a defender a ideia de sua eventual desistência eleitoral.[45][46] Por outro lado, a Vice-presidenteKamala Harris e os governadores estaduaisGavin Newsom (da Califórnia), Jared Polis (do Colorado), J. B. Pritzker (do Illinois), Josh Shapiro (da Pensilvânia) e Gretchen Whitmer (do Michigan) estão entre os mais cotados e frequentemente citados como possíveis substitutos de uma campanha do Partido Democrata.[47][48][49] Biden manteve sua intenção em disputar a eleição durante um longo período de meses mesmo após a intensificação da oposição.[50][51] Em fevereiro de 2024, Jaime Harrison, presidente do Comitê Nacional Democrata, considerou a ideia de substituir Biden como "certamente insana".[52] Em março de 2024, um grande grupo de lideranças Democratas manteve seu apoio a Biden, especialmente após seu Discurso sobre o Estado da União.[53]