Braz Paschoalin
Walderi Braz Paschoalin (Andradina, 27 de janeiro de 1948 - Jandira, 10 de dezembro de 2010) foi um político brasileiro filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Em 5 de outubro de 2008, foi eleito para o seu terceiro mandato como prefeito do município brasileiro de Jandira, no estado de São Paulo. Foi assassinado a tiros no dia 10 de dezembro de 2010.[3] BiografiaPaschoalin chegou em Jandira em 1966, aos 18 anos. Começou a trabalhar como taxista, profissão que exerceu por mais de 10 anos. Para complementar sua renda trabalhava no Banco do Estado de São Paulo. Foi ele o fundador da primeira lanchonete da cidade, chamada Brazão, localizada na Avenida Conceição Sammartino. Em 1973, Braz casou-se com Maria Helena Paschoalin e tornou-se pai de três filhos. Trajetória políticaOs anos a frente de seu táxi lhe renderam um conhecimento de toda a cidade, o que o levou em 1976 a concorrer ao cargo de vereador, pelo MDB. Eleito, cumpriu mandato entre 1977 e 1983, tendo sido presidente da Câmara Municipal no biênio 1977-1979.[4][5] No início da década de 1980, o então prefeito de Jandira Dorvalino Abílio Teixeira e alguns vereadores filiaram-se ao PDS.[6] Pascholin foi um dos poucos políticos locais a não acompanhar esse movimento e pouco tempo depois passaria ao bloco de oposição ao prefeito.[7] O declínio do PDS nas eleições municipais seguintes permitiu a eleição de um prefeito do PMDB, José Roberto Piteri. Durante a formação de seu gabinete, Piteri convida Braz a integrá-lo no cargo de Secretário de Esportes, onde permaneceu até o início do ano de 1988. Até o final da década de 1990 não havia reeleição direta para os cargos do poder executivo, de forma que Piteri apoiou Braz para as eleições municipais de 1988. Posteriormente, Piteri e Braz continuaram se revezando no cargo de prefeito até o ano 2000.[8] Braz foi eleito e assumiu seu primeiro mandato no ano seguinte. Sua gestão coincidiu com o breve período de domínio político exercido pelo seu partido (PMDB) na região , estado e em boa parte do país. Assim, Braz pode governar com facilidade e recebeu fartos recursos do governo Quércia. Nessa época foi iniciada a obra do viaduto sobre os trilhos da Fepasa que, após diversas acusações de superfaturamento e desvio de verbas, foi concluída apenas uma década depois. Após concluir o mandato, Braz apoiou Piteri na vitoriosa campanha das eleições de 1992. Nas eleições de 1994, Braz concorre a uma vaga de deputado estadual pelo PTB, sendo derrotado. Em 1996, transfere-se para o PSDB e vence as eleições municipais. No ano seguinte, assumiu seu segundo mandato como prefeito. Sua segunda gestão foi marcada por indícios de corrupção. Em 1999 foi acusado de receber o maior salário do Brasil, cerca de R$ 24 mil (acima do salário do então presidente Fernando Henrique Cardoso).[9] Alguns meses depois, 117 cheques da prefeitura desaparecem, causando um prejuízo de R$ 110 mil aos cofres públicos.[10] Os contratos de limpeza celebrados por sua segunda gestão também foram contestados pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.[11] O desgaste político provocado pelas acusações de corrupção prejudicou sua carreira política, de forma que Paschoalin foi derrotado nas eleições municipais de 2000 e 2004. Durante esse período, trabalhou com políticos tucanos como o ex prefeito de Santana de Parnaíba e ex deputado federal Silvinho Peccioli (que o nomeou seu assessor parlamentar na câmara dos deputados entre 2007 e 2008[12]) Após oito anos longe do Paço Municipal, em janeiro de 2009 Braz se tornou o primeiro político a comandar o municíio de Jandira pela terceira vez. Foi eleito em outubro de 2008, com 42% dos votos válidos, num total de 24 168.[13] Seu terceiro mandato foi conturbado, de forma que passou boa parte do período travando batalhas judiciais contra adversários que tentavam invalidar a eleição e cassar seus direitos políticos, com base nos casos de corrupção no qual supostamente estaria implicado.[14] Desempenho em eleições
Morte
Na manhã de 10 de dezembro de 2010, uma sexta-feira, o prefeito foi executado em frente à emissora da Radio Comunitária Astral FM 87,5, com cerca de 16 tiros de fuzil AK-47. Os suspeitos, que possuíam passagem na polícia, foram pegos a cerca de dois quilômetros do local, tentando incendiar o carro em que estavam, para apagar provas.[19][20] De acordo com a polícia, o crime teria sido encomendado pelo do ex secretário municipal de Jandira, Wanderley Lemes de Aquino, preso na quinta-feira, 16 de dezembro, acusado de participar de um esquema de corrupção e desvio de dinheiro público. Também estão presos um empresário, suspeito de envolvimento no esquema de corrupção, e quatro suspeitos de participação na morte de Paschoalin. A vice-prefeita de Jandira, Anabel Sabatine (PSDB), assumiu o cargo com reforço na segurança.[21] Referências
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