Arnaud Rodrigues
Antônio Arnaud Rodrigues (Serra Talhada, 6 de dezembro de 1942 — Lajeado, 16 de fevereiro de 2010) foi um ator, cantor, compositor, roteirista, produtor, empresário e humorista brasileiro. Artista multifacetado, destacou-se em diferentes áreas do entretenimento, sobretudo no ramo da comédia. BiografiaArnaud foi um dos grandes nomes da TV Tupi, tendo produzido e atuado em diversos shows da emissora, além de ter trazido vários artistas para a televisão, incluindo Dedé Santana. Trabalhou nos programas de Chico Anysio na TV Globo e em vários outros programas humorísticos, tanto como ator quanto como redator.[1] Na década de 1970 formou com Chico Anysio e o instrumentista Renato Piau o grupo musical Baiano & os Novos Caetanos, no qual interpretava o cantor Paulinho Cabeça de Profeta.[1] A iniciativa rendeu quatro discos de estúdio, Bahiano & Os Novos Caetanos I e II, A volta e Sudameris, alavancando também a carreira de músico de Arnaud, que acabaria lançando mais alguns álbuns solo. Em 1978, Arnaud Rodrigues gravou a faixa "A Carta de Pero Vaz de Caminha", integrada no disco Redescobrimento, o primeiro roots reggae gravado no Brasil. Arnaud Rodrigues é também creditado como um dos precursores do rap brasileiro. A sua faixa "Melô do Tagarela", que foi lançada em compacto pela RCA em 1979 e cantada e falada por Luiz Carlos Miéle, sob uma sampleiada de Rapper's Delight, do grupo americano Sugarhill Gang, foi a primeira versão de um rap gravado no Brasil.[2] Na teledramaturgia teve alguns trabalhos marcantes, como o Cego Jeremias, cantor ambulante da versão de 1985 da novela Roque Santeiro, além do imigrante nordestino Soró, personagem ingênuo e bem-humorado criado pelo escritor Walter Negrão para a novela Pão Pão, Beijo Beijo.[3] Soró fez tanto sucesso entre o público que Arnaud voltaria a interpretá-lo no filme Os Trapalhões e o Mágico de Oróz. Na década de 1980 integrou o grupo de humoristas do programa A Praça é Nossa sob o comando do veterano Carlos Alberto de Nóbrega, onde interpretou personagens como "O Povo Brasileiro" (sempre pobre e cansado), o mulherengo "Coronel Totonho", e o cantor sertanejo "Chitãoró" (uma sátira à dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó), no quadro "Chitãoró e Xorãozinho" onde atuava ao lado do comediante (e posteriormente diretor da Praça) Marcelo de Nóbrega. Em 1999, após realizar dois shows na cidade de Palmas, decidiu se mudar com a família para o Tocantins, onde assumiu a função de dirigente do Palmas Futebol e Regatas.[4] Em 2004 deixou a Praça para se dedicar a seus shows solo e ao futebol[4], mas em 2010 planejava seu retorno ao elenco do humorístico, além da produção de um programa de variedades em um canal de televisão Tocantins.[5] MorteNo dia 16 de fevereiro de 2010, Arnaud estava com mais dez pessoas em um barco no lago da Usina de Lajeado, a 26 quilômetros de Palmas, quando, por volta das 17h30, a embarcação virou devido a uma forte chuva com ventania característica da região nessa época do ano. Nove ocupantes do barco (entre eles a esposa do humorista e dois de seus netos) foram resgatados por moradores da região, mas o corpo de Arnaud só seria encontrado pelos bombeiros horas mais tarde, enquanto o piloto do barco permanecia desaparecido. Apesar de saber nadar, o longo tempo de permanência na água, provavelmente tornou fatal o ocorrido.[6][7][8] CarreiraTelevisão
Cinema
Discografia
Referências
Ligações externas
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